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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Produção industrial do CE tem 2º maior crescimento do País

Fortaleza/Rio. Mostrando sinais de recuperação, a produção industrial no Ceará cresceu 4,3% em junho deste ano, na comparação com junho de 2016, apresentando o segundo maior crescimento, na comparação anual, entre os 14 estados pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional, divulgada ontem (8).

O maior crescimento foi no Espírito Santo (+10,0%) e o menor na Bahia (-10,9%). No mesmo tipo de comparação, a produção industrial brasileira apresentou crescimento de 0,5% e, no Nordeste, houve queda de 5,1%.
Para Guilherme Muchale, economista da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), o resultado aponta para uma recuperação da produção industrial cearense nos últimos meses o que refletiu no crescimento 0,6% no acumulado de janeiro a junho, superando os resultados do Brasil (0,5%) e Nordeste (-2,3%) no acumulado do ano. "Nos últimos dois ou três meses a gente tem verificado uma recuperação do Ceará, cujos dados do acumulado do ano ainda estavam sendo impactados negativamente pelos primeiros quatro meses", diz Muchale.
'Recuperação acontecendo'
O economista da Fiec acredita que a tendência de recuperação se confirme no longo prazo, com a produção industrial cearense fechando o ano de 2017 com crescimento entre 1% e 2%. "Essa tendência de recuperação já está acontecendo", ele diz.
"Isso é importante para servir de alicerce para esse cenário de melhora da confiança do empresário industrial". Na comparação entre o primeiro trimestre de 2017 com o mesmo período do ano passado, a produção industrial cearense avançou 2,1%, o terceiro maior avanço do País. Ao comentar o resultado de junho, o governador Camilo Santana destacou a relevância do setor da indústria na geração de empregos no Estado. "Essa é uma notícia boa para a economia e para o crescimento do Ceará. Lembrando que o PIB (Produto Interno Bruto) do Ceará cresceu 1,87% no primeiro trimestre, enquanto o Brasil só cresceu 1%", afirmou em transmissão nas redes sociais.
Variação mensal
Na passagem de maio para junho, a produção cearense avançou 0,1%, sendo a oitava maior do País e a terceira taxa positiva consecutiva neste tipo de confronto, acumulou, desde abril, ganho de 8,1%.
Na comparação entre maio e junho, o Estado apresentou crescimento superior ao do Brasil (0,0%) e do Nordeste, que sofreu retração de 4,0%. No mês, o maior avanço foi registrado no Rio de Janeiro (3,1%) e a maior queda na Bahia (-10,0%).
Setores
Na comparação entre junho de 2016 com junho deste ano, a principal contribuição para o avanço de 4,3% da produção cearense foi registrada pelo setor de metalurgia, que cresceu 122,9% no período, O resultado foi influenciado não só pela maior fabricação de tubos, canos e perfis ocos de aço com costura, lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono e chapas, bobinas, fitas e tiras de aço, mas também pela baixa base de comparação, do período anterior, quando a atividade assinalou recuo de 50,6%.
"Tivemos resultados positivos em cinco setores que, no Ceará, têm uma geração expressiva de empregos, que são os setores de metalurgia, têxtil, de calçados, vestuário e alimentício", diz Muchale. "E isso acabou diminuindo o ritmo do desemprego, que foi uma realidade nos últimos anos", completa.
Outros resultados positivos relevantes vieram dos ramos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (37,7%) e de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (3,2%). Por outro lado, os impactos negativos mais importantes vieram dos setores de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-15,5%), de produtos de minerais não-metálicos (-16,7%) e de outros produtos químicos (-18,9%).
Comparativo nacional
Em relação a junho do ano passado, o setor industrial registrou expansão em junho deste ano em oito dos 15 locais que integram a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgada nesta terça-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Espírito Santo (10,0%) teve o crescimento mais intenso, puxado pelos avanços registrados pelas indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados) e produtos alimentícios (bombons e chocolates em barras, açúcar cristal, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas e massas alimentícias secas). Os demais resultados positivos foram no Ceará (4,3%), São Paulo (3,0%), Minas Gerais (2,9%), Rio Grande do Sul (2,1%), Paraná (0,5%), Goiás (0,4%) e Amazonas (0,1%).
No total nacional, a indústria cresceu 0,5% nesse tipo de comparação. A queda mais acentuada foi registrada pela Bahia (-10,9%). Também houve perdas na Região Nordeste (-5,1%), Pernambuco (-2,9%), Pará (-2,1%), Santa Catarina (-0,9%) e Rio de Janeiro (-0,1%

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