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terça-feira, 8 de agosto de 2017

Mendes: Janot é o mais desqualificado da história da PGR

Brasília. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou o Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, como o "mais desqualificado" da história da Procuradoria. As declarações, dadas em entrevista à Rádio Gaúcha, são mais um capítulo dos embates públicos entre o chefe do Ministério Público Federal (MPF) e Gilmar Mendes, um confronto que cresceu desde o acordo de delação da JBS.

Perguntado se o Supremo ainda pode reavaliar o acordo de delação da JBS, Gilmar disse ter "certeza absoluta" de que isso acontecerá, e que "certamente será suscitado em algum processo". Perguntado sobre o procurador-geral, não poupou críticas:
"Quanto a Janot, eu o considero o procurador-geral mais desqualificado que já passou pela história da Procuradoria. Ele não tem preparo jurídico nem emocional para dirigir um órgão dessa importância", disse.
Gilmar também falou sobre seus sucessivos encontros com o presidente Michel Temer e com outros políticos, o ministro disse não ver qualquer tipo de problema e ironizou uma suposta falta de isenção para julgar parlamentares. "Querem criar uma discórdia sobre encontros com presidente da República, isso é uma bobagem. Estamos hoje com cerca de 300 ou 400 parlamentares investigados. E toda hora encontramos com eles em Brasília, é inevitável", disse.
Já a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) classificou de "deploráveis" e de "furor mal contido" as críticas de Gilmar a Janot. Para a associação, Mendes deixou de lado a condição de magistrado da mais alta Corte do país e, assumindo posição próxima da política partidária, passou a fazer ataques pessoais e sem fundamento contra o procurador-geral.
'Disenteria verbal'
O histórico de hostilidades entre Mendes e Janot vem se intensificando este ano. Em 22 de março, em um dos mais fortes discursos desde o início de sua gestão, Janot acusou Gilmar de sofrer de decrepitude moral e disenteria verbal. O procurador fez as críticas numa resposta à acusação do ministro de que procuradores teriam convocado uma entrevista coletiva em off na semana anterior para vazar os nomes dos políticos suspeitos de receber propina da Odebrecht.

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