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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Governo confirma salário congelado

São Paulo. O governo confirmou ontem (30) que encaminhará ao Congresso proposta de postergação do reajuste salarial dos servidores públicos federais, que ocorreria no primeiro semestre de 2018, para 2019. Representantes dos trabalhadores tiveram a confirmação durante reunião, no Ministério do Planejamento, com o secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho, Augusto Chiba.

De acordo com o ministério, representantes de 30 entidades sindicais e associações participaram do encontro. Em duas reuniões, realizadas pela manhã e à tarde, foi explicado o adiamento do pagamento de reajustes para 23 carreiras de servidores públicos. A expectativa do governo é economizar R$ 5,1 bilhões com a proposta.
"É um adiamento, o governo não deixará de pagar os reajustes acertados", assegurou Chiba, conforme nota divulgada pelo ministério. Ele informou que convidou as entidades sindicais para explicar que o adiamento é uma das medidas necessárias para adequar os gastos públicos à situação fiscal do país.
"Diante da intenção do governo de manter essa quebra de acordo com os trabalhadores, vamos recorrer à Justiça para ter os direitos dos servidores assegurados", disse o presidente do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho), Carlos Silva, ao afirmar que as entidades vão intensificar os protestos.
Protesto
Ontem, os auditores-fiscais e outros servidores da Receita Federal se mobilizaram em frente ao prédio sede do Ministério da Fazenda no Ceará.
Em Brasília, um grupo esteve em frente ao Ministério do Planejamento para protestar contra o adiamento do reajuste e as mudanças na carreira dos servidores. Além do congelamento, conforme informações do ministério, a proposta que será encaminhada ao Congresso em poucos dias será acompanhada de medidas de ajuste no auxílio-moradia e ajuda de custo.
Foi debatida também a redução da remuneração de ingresso e ampliação das etapas de progressão na trajetória do servidor dentro da vida funcional nas carreiras do Poder Executivo Federal. Em cinco anos, o governo espera uma economia acumulada de R$ 18,6 bilhões.
O adiamento do pagamento alcança servidores civis ativos e também os inativos do Executivo que firmaram acordos de reajustes escalonados em quatro anos. Entre as carreiras afetadas estão as de professores universitários, policiais federais, auditores da Receita Federal do Brasil, ciclo de gestão, diplomatas e oficiais de chancelaria, além de peritos do INSS.

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