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terça-feira, 25 de julho de 2017

Turismo de compras cresce e aquece economia do Ceará

Além das belas praias, do clima e da receptividade das pessoas, um número cada vez maior de turistas vem ao Ceará interessado nas boas oportunidades de compras que o Estado oferece, que vão desde o artesanato tradicional e peças de vestuário confeccionadas manualmente até itens de grifes famosas vendidas por preços mais atrativos. Essa movimentação tem crescido ainda mais com iniciativas do governo e do setor privado que buscam ressaltar as potencialidades do Ceará nessa área e facilitar a vida do turista que deseja conhecer os diferentes estabelecimentos existentes no Estado.

Segundo a Secretaria de Turismo de Fortaleza (Setfor), ao fim do mês de julho, período de alta estação, os turistas devem ter deixado R$ 1,6 bilhão no Estado do Ceará, com gasto médio de R$ 2,3 mil a R$ 2,5 mil por turista. "Uma família de quatro pessoas que passa seis dias aqui deixa em torno de R$ 10 mil", exemplifica o titular da Pasta, Alexandre Pereira.
Entre as ações para estimular as compras por parte de quem visita a Capital, ele destaca as mais recentes no Aeroporto de Fortaleza para divulgar o Corredor Turístico da Monsenhor Tabosa e também o transporte gratuito entre hotéis e centros de compra como o OFF Outlet Fortaleza, em Caucaia.
"Fizemos também uma missão para a feira internacional de artesanato em Portugal e, lá, o foco é Mercado Central", acrescenta Pereira sobre as ações da iniciativa pública em prol do turismo de compras.
Mercado Central
Parte da rota turística para um público estimado em seis a sete mil pessoas por dia, o Mercado Central, que abriga uma infinidade de produtos remetentes à cultura local, vive uma alta estação melhor que a de julho de 2016. O ponto turístico, que foi reintegrado na programação de grandes agências de viagens como a CVC, por exemplo, chega a receber 20 ônibus diariamente nesta época, de acordo com o presidente da Cooperativa de Permissionários e Locatários do Mercado Central (Coopcentral), José Aquino Paulino.
Isso, segundo Aquino, representa um incremento de 50% nas vendas ante igual mês do ano anterior. Cada um desses turistas passa entre 45 minutos e 2 horas percorrendo os corredores do centro de compras, ocupados por lojas das mais variadas naturezas, com produtos que custam a partir de R$ 5 e chegam a atingir R$ 2 mil.
Vendas e compradores
Entre esses itens está a renda renascença, como as vendidas na loja Kátia Bordados, onde o destaque são as blusas e vestidos, que custam entre R$ 300 até R$ 2,2 mil. Na contramão dos outros produtos comercializados no Mercado, adquiridos principalmente pelos turistas nacionais, a funcionária Aline Rodrigues justifica que o produto é diferente. "O turista de fora (do Brasil) não conhece, então ele acha bem diferente".
Mas as vendas vão além dos limites físicos do Mercado. "Às vezes, o turista que vem não leva, mas pega o nosso contato, manda um modelo que ele queira e a gente faz por encomenda, do jeito que ele quer", diz Aline, acrescentando que 80% dessas vendas, feitas pela internet, são para dentro do Brasil e os demais 20% são para o exterior.
Aquino destaca que, em geral, o turista doméstico é o que mais consome os produtos do Mercado. Gasta entre R$ 300 e R$ 500, dinheiro que ele na maioria das vezes traz programado para as lembranças que chegarão aos amigos e família. "Nós temos produtos de R$ 5, R$ 10, até artigos que chegam a custar mais de R$ 1,5 mil. Varia muito, mas o que vende mais são esses itens com valor menor", conta.
"Claro que esses com maior valor são produtos diferenciados. Grande parte das pessoas que viajam vem com as compras programadas, com o dinheiro limitado para essa finalidade, mas tem também as pessoas que vem e têm um poder aquisitivo melhor, que se interessam por uma peça exclusiva, que raramente você encontra duas iguais", acrescenta o presidente da Coopcentral.
Na outra ponta, está um dos itens mais consumidos pelos turistas. Torrada, caramelizada ou ainda de outras formas, a venda de castanhas, para o João Eudes de Oliveira, permissionário no Mercado Central, cresceu 20% nas duas primeiras semanas. "No ano passado, o povo estava com muito receio", acredita.
"A castanha natural é a que mais sai. A expectativa é que fique assim até o dia 30. A gente espera que melhore, as duas últimas semanas de férias são sempre melhores. Semana passada foi bom, então esta semana, a tendência é que seja muito boa", relata. A castanha natural quebrada custa R$ 50 o quilo e a inteira, R$ 70.
Biquínis
Auxiliado pela atratividade das praias, com sol a pino quase todos os dias, os biquínis também têm bastante procura neste período. Segundo uma das permissionárias, Vanessa Brasil, as vendas praticamente mais que dobraram em relação a igual período do ano passado, com destaque não só para eles, mas também para as saídas de praia em renda de bilro, crochê e filé.
"A gente recebe turista do mundo todo, mas percebe que quem realmente compra são os próprios brasileiros de outros estados, São Paulo, Belém... O pessoal leva muita canga, saída de praia, porque são feitas a mão, de renda de bilro, filé, crochê, então como é algo diferente, eles procuram esse tipo de mercadoria", reforça Vanessa.

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