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terça-feira, 20 de junho de 2017

PIB do Ceará avança 1,87% no 1º tri; acima da média nacional

O Produto Interno Bruto (PIB) do ceará alcançou crescimento de 1,87% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com os últimos três meses do ano passado, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) divulgados ontem. O número é superior à média do país, que teve expansão de 1%. Na comparação de janeiro a março de 2017 com igual período de 2016, o estado teve retração de 1,4%. O país contabilizou queda de 0,4% no mesmo intervalo.

Os dados divulgados ontem corroboraram com as expectativas que vinham sendo alimentadas pelos especialistas de que a economia cearense daria um suspiro em meio às dificuldades econômicas da crise.
A análise leva em consideração os resultados dos setores agropecuário, industrial e serviços. Os três registraram alta na comparação entre o último trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano.
A agropecuária acumulou crescimento de 10,59%. No país, em igual período, o aumento foi de 13,4%. A indústria, por sua vez, somou 1,81% a mais, ante 0,9% do Brasil. Já o setor de serviços registrou alta de 1,78%, enquanto na média do país, ficou estagnado.
Quando avaliados os setores na comparação entre os três primeiros meses de 2016 e de 2017, a agropecuária cearense obteve queda de 1,52%, contra alta de 15,2% do Brasil. A indústria obteve negativa de 2,12% ante queda de 1,1% no país. Já serviços registraram -1,26% no Ceará enquanto a média brasileira ficou em -1,7% no período.
No acumulado dos últimos quatro trimestres, contudo, o Ceará acumula negativa de 4,66% em seu Produto Interno Bruto, ante -2,3% do país.
O setor de serviços, que engloba o comércio, teve incremento de 1,78% no Estado, também acima do registrado no País, onde a atividade ficou estagnada 
O diretor-geral do Ipece, Flávio Ataliba, destacou que o resultado do PIB no primeiro trimestre, entretanto, aponta para um possível fim à crise no Estado.
"Esses números mostram que a economia cearense parece estar no início de um processo de retomada. Nosso crescimento foi muito maior que o do brasil, sinalizando uma retomada mais forte do que a da economia brasileira. Mas quando a gente olha, comparando com o trimestre correspondente do ano passado, estamos em queda. Isso significa que nós tínhamos uma base de comparação ainda alta, e isso representa um sinal de recuperação", avaliou.
O economista ainda enfatizou que, apesar de tudo, é importante manter cautela. Entretanto, antecipa que já há perspectivas positivas para o pib do segundo trimestre deste ano.
"É prudente esperar os próximos trimestres para verificar se realmente se confirma essa tendência de recuperação da nossa economia. Os primeiros números do segundo trimestre já mostram uma forte possibilidade, fortes evidências de que continuaremos nesse processo de retomada da economia cearense. Na nossa crença, o segundo trimestre será ainda melhor".
Siderúrgica
Os dados da economia cearense no primeiro trimestre ainda não são definitivos. Há um detalhe que pode até elevar ainda mais esse crescimento verificado. O ipece, bem como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge), que elabora o cálculo do PIB nacional, não incluíram ainda a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) na avaliação. O analista de políticas públicas do Ipece, Witalo Paiva, explica que o impacto da siderúrgica é avaliado, mas ainda de maneira que não permite divulgação.
"O que produzimos, seguimos o Ibge. E ele não conseguiu colocar a csp nas suas pesquisas ainda. É preciso esperar para que a gente possa utilizar nas nossas estimativas. Isso deve acontecer esse ano mas a divulgação só deve ocorrer no ano que vem. O que estamos tentando fazer internamente é produzir uma estimativa, mas não há ainda perspectiva, estamos iniciando os estudos", disse.
Na próxima semana, o ipece divulgará a conjuntura econômica, que traz uma análise mais detalhada dos números que explicam o pib. Há, conforme os economistas do Ipece, boa expectativa em torno dos dados das exportações do Estado do Ceará.
Números
Além do Ceará, apenas outros oito estados divulgam o Produto Interno Bruto trimestralmente.
Na comparação com os dados dos primeiros três meses de 2016, Espírito Santo e Rio Grande do Sul ficaram estagnados (0%) de janeiro a março. Já a Bahia caiu 1,1% e São Paulo recuou 1,9% no recorte temporal. Por sua vez, os estados de Pernambuco e Minas Gerais ainda não divulgaram seus números.

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