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sexta-feira, 9 de junho de 2017

IBGE projeta safra 178% maior para o Estado neste ano

Impulsionada pelas chuvas, especialmente na região noroeste do Ceará, a estimativa de maio para a safra de grãos do Estado em 2017 é 178,53% maior em relação à safra consolidada de 2016, de 187.731 toneladas. Para este ano, a projeção é que sejam produzidas 522.880 t, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias do Ceará (GCEA-CE), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa é a quinta projeção para a safra do ano e pode ser que o número se mantenha próximo disso ao fim de 2017, de acordo com a coordenadora do GCEA-CE, Regina Dias. "A gente acredita que essa previsão deve se manter, porque isso é um rendimento baixo. Só não é tão baixo devido a situação da parte noroeste".
Enquanto isso, nas outras regiões do Estado, como no Sudeste, por exemplo, "a situação é bastante irregular", segundo explica a coordenadora do GCEA-CE. "Conforme a Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos) havia previsto, no norte e oeste as chuvas foram melhores. Leste, sul e sudeste tiveram perdas maiores do que o esperado", explica, exemplificando com a quebra da safra nos municípios de Iguatu, Potiretama e Pereiro.
Em relação à primeira estimativa deste ano para a safra (517.443 t), o número representa um avanço de 1,05%. Dos itens que compõem o grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas, sete tiveram crescimento na estimativa de produção.
Foram eles algodão herbáceo de sequeiro, amendoim, arroz de sequeiro, fava, feijão de arranca 1ª safra (Phaseolus), feijão de corda 1ª safra (Vigna) e milho de sequeiro, cuja a expectativa de produção foi elevada em mais de 50 municípios cearenses. Em contrapartida, apresentou redução o feijão-de-corda de 2ª safra (Vigna), cuja expectativa de produção caiu em Pindoretama e em Horizonte.
A mamona também teve a sua projeção de produção para este ano reduzida. De acordo com o relatório, produtores em Itatira não tiveram acesso a sementes devido ao fim dos incentivos governamentais. Apenas plantaram os produtores que receberam sementes da Ematerce.
Frutas
A safra de frutas frescas para este ano foi estimada em 912.519 toneladas, alta de 19,98% em relação à safra de frutas de 2016 (750.590 t) e 2,77% acima da projeção anterior (887.946 t). Apresentaram crescimento o melão, a melancia de sequeiro, a melancia irrigada, a acerola, o abacate, a ata de sequeiro, a banana irrigada, a goiaba irrigada, o coco da baia (água) e manga de sequeiro.
A goiaba de sequeiro teve a sua estimativa reduzida. Outras frutas que também apresentaram retração foram a graviola, em Paraipaba, e o mamão, em Paraipaba, Aquiraz, Eusébio e Umirim. Enquanto a produção da graviola vem sendo afetada pela praga do pulgão branco, a do mamão sofre devido à ocorrência de pragas como o ácaro branco e o ácaro rajado.
Brasil
No País, a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve encerrar 2017 em 238,6 milhões de toneladas, número 29,2% maior do que a produção consolidada de 2016, de 184,7 milhões. As três principais lavouras de grãos que deverão ter crescimento são soja (17,2%), arroz (14,7%) e milho (52,3%).

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