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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Campanha chega ao fim nesta sexta

Depois de ter sido adiada em virtude da cobertura vacinal insuficiente, a campanha de imunização contra a influenza chega ao fim no Ceará e no restante do País hoje. Com 79% do público-alvo vacinado, o Estado tenta, no último dia de mobilização, chegar à meta de 90% de cobertura. Conforme a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), a redução da quantidade de casos da doença neste ano em relação a 2016 pode ser uma das explicações para a baixa procura pela proteção. 

Até o dia 6 de maio, 20 pessoas foram diagnosticadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo vírus influenza. No ano passado, em igual período, esse número chegou a 50.
No próximo dia 12, os municípios que ainda tiverem doses da vacina em estoque deverão liberar a imunização para a população em geral. Segundo informações da Sesa, até as 16h de ontem, 99 cidades ainda não haviam alcançado a meta de vacinação. Destas, 51 possuíam cobertura entre 80% e 90%. As demais apresentavam cobertura abaixo de 60%.
Segundo Ana Vilma Braga, coordenadora de imunizações da Sesa, o fato de o Estado não ter registrado surtos de SRAG causada por influenza neste ano fez com que grande parte da população dentro dos grupos prioritários não atentasse para a necessidade de imunização. "No ano passado tivemos uma ação importante e alcançamos 91% de cobertura. Como muita gente foi vacinada, neste ano não tivemos nenhum surto de influenza. Isso influenciou as pessoas a não terem procurado. Mas é bom lembrar que a vacina é prevenção, é uma ação fundamental", diz. Outro fator citado pela coordenadora foi a epidemia de febre chikungunya no Estado, que fez com que muitas cidades adiassem o início da campanha.
Segundo o infectologista Robério Leite, do Hospital São José, o alto número de casos de SRAG causada por influenza em 2016 (o maior desde, pelo menos, 2009) surpreendeu especialistas. Em todo o ano, foram contabilizadas 103 ocorrências no Ceará. "Foi uma variação fora do padrão de influenza no Brasil", afirma. Para evitar novos surtos, Leite destaca a importância da vacinação. "Quanto maior a cobertura, maior será o efeito da vacina, porque são mais pessoas protegidas. Isso protege, inclusive, aquelas que não tiverem tomado", explica.

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