O Ceará calcula 282.761 estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição 2017, até as 15 horas dessa quinta-feira (18), conforme o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Desse montante, 98.865 candidatos são alunos da rede pública estadual. Até as 23h59 de hoje, horário de encerramento das inscrições, a Secretaria da Educação (Seduc) espera garantir que 100% dos alunos matriculados no 3º ano e na Educação de Jovens e Adultos (EJA) estejam inscritos. Em todo o Brasil, 5,3 milhões de pessoas estão inscritas no exame.
Mediante apoio popular, o Ministério da Educação (MEC) anunciou em março passado as mudanças para o Enem 2017. Dos mais de 600 mil participantes ouvidos em Consulta Pública, 42,3% opinaram ser favoráveis a realização da prova em dois domingos seguidos.
Com o resultado, o órgão determinou que o primeiro dia do exame será em 5 de novembro, quando os estudantes terão cinco horas e meia para responderem questões de linguagens, ciências humanas e escreverem a redação. No domingo posterior (12), o tempo de prova cai para quatro horas e meia, e os candidatos serão submetidos a provas de matemática e ciências da natureza.
Diferente dos anos anteriores, os candidatos receberão os cadernos de questões personalizados, já acompanhados de cartões-respostas identificados com nome e número de inscrição. A partir desta edição, o Enem deixará de certificar alunos concludentes do Ensino Médio. Sendo assim, o processo voltará a ser feito pelo Exame Nacional de Certificação de Jovens e Adultos (Encceja).
Planejamento
Estefânia Miranda, aluna da Escola Rita Aguiar Barbosa (Liceu de Itapipoca) e Bruna Duque, da Escola Jaime Alencar de Oliveira, em Fortaleza, nem se conhecem, mas compartilham do mesmo desejo: conseguir êxito no Enem para serem aprovadas em curso de Ensino Superior. Seja no Interior ou na Capital, as estudantes matriculadas em instituições profissionalizantes intensificaram a rotina de estudos.
Além dos conteúdos revisados em sala de aula, Bruna Duque, 16, se divide entre escola e cursinho pré-vestibular. "A gente tem muitas aulas direcionadas para o Enem, mas eu resolvi fazer também aulas à noite para tentar absorver a maior quantidade de informações. É uma rotina puxada, mas ao mesmo tempo, necessária", relata.
Vislumbrando "passar de primeira" no curso de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), a itapipoquense Estefânia Miranda, 16, encontrou nas plataformas digitais um auxílio na hora dos estudos. "Pela internet, eu assisto a videoaulas, respondo questões e leio dicas de preparação para a prova", garante. (Colaborou Felipe Mesquita)
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