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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Deputados fazem crítica à extinção

O deputado estadual Ferreira Aragão (PDT) denunciou ontem, em discurso na Assembleia Legislativa, que o Governo Michel Temer (PMDB), desde que assumiu o controle do País, tem "maltratado a pobreza e se voltado para os grandes empresários do Brasil. É um Governo sem apelo popular e que não se preocupa com o pobre".

Dentre o que chamou de pacote de "maldades", ele destacou o fim do programa federal Farmácia Popular, criado em 2004 e expandido em 2006. Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, o Programa oferece mais 11 itens, entre medicamentos e a fralda geriátrica, com preços até 90% mais baratos utilizados no tratamento de dislipidemia, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência urinária.
"Acabar com a Farmácia Popular será o maior crime contra a saúde pública no Brasil. Temos 517 unidades pelo Brasil, em Fortaleza são três. Além das próprias, temos mais 34 mil farmácias conveniadas no Programa", relatou. "As 34 mil conveniadas só entregam 25 tipos de remédios, enquanto que a Farmácia Popular entrega 100% dos remédios de que o povo precisa".
Na Farmácia Popular que, segundo expôs, foi criada para respaldar o posto de saúde, o remédio que no posto não tem e que o Governo não pode dar, é possível adquirir com 90% de abatimento. "Agora, esse homem vem acabar com o programa. Queria saber por que ele tem que fazer esse festival de ruindades. Por que o presidente é ruim para pobre? Porque nunca passou um dia de fome, nunca soube o que foi jantar café com pão e bolacha, nunca pegou fila para ser atendido por médico e para ele nunca faltou remédio. Sempre foi de família rica e nunca soube o que é a vida de pobre", disse.
Diferenciada
"Impossível que o brasileiro fique silente. Será que o povo não tem esse respaldo de fazer movimentação de ruas pela permanência da Farmácia Popular?", questionou. "O povo nordestino é tratado de forma diferenciada. O que ele fez de bom para o Nordeste depois que assumiu? Estou pedindo a Deus que chegue logo a eleição de 2018 para nos livrarmos desse presidente", declarou Aragão.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) afirmou que a atitude vai prejudicar imensamente a massa da população, sobretudo, a mais humilde. "Lamento profundamente essa decisão. Haviam convênios pelos quais vinham recursos para cidades como forma de os municípios ajudarem a população, disponibilizando vários medicamentos fundamentais. O governo retira esse recurso. Se pelo menos o recurso voltasse, que é o objetivo do Conselho de Secretários de Saúde, aquilo que foi retirado para o Ministério deveria ficar no município e não ser utilizado em benefício das farmácias privadas".
Os deputados do PMDB não fizeram qualquer manifestação contra os pronunciamentos.

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