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terça-feira, 7 de março de 2017

Produção de rosas na Ibiapaba será expandida em 20 hectares

Com um mercado que cresce anualmente cerca de 10% no País, o segmento de flores e plantas ornamentais está empenhado em continuar driblando a crise. A Rosas Reijers, por exemplo, projeta crescimento de 20% neste ano em relação a 2016.
Segundo o diretor de produtos da empresa, Gustavo Franco, a expectativa é expandir a fazenda em São Benedito, na Serra da Ibiapaba, em pelo menos 20 hectares, totalizando 70 hectares. Ele diz que, com a ampliação da planta de produção, a estimativa é contratar de 8 a 10 pessoas por hectare. 

"Nós somos, atualmente, o maior empregador da região e impactamos positivamente a economia local. Com o aumento da fazenda, nós teremos um aporte muito grande no contingente de trabalhadores", diz.
O diretor de produtos destaca ainda que, além do acréscimo de mão de obra, haverá reforço nos negócios gerados indiretamente, como fornecedores, por exemplo. "O efeito da cadeia é significativo", resume.
Consumidor
Além disso, Gustavo Franco espera que haja reações boas no mercado consumidor. "Nós estamos numa crescente, ampliando produtos e novidades. Eu espero que a gente comece a apontar para cima a partir deste ano".
Segundo ele, está havendo uma consolidação do segmento com o aumento da disponibilidade de produtos nos pontos de venda. "Todo dia é dia de flor. As pessoas têm uma experiência positiva em relação ao produto. Eu acredito que a flor já faz parte da cesta básica das pessoas", afirma o diretor de produtos. Atualmente focada no mercado interno, a Rosas Reijers possui duas fazendas no Brasil, uma no Ceará e a outra em Minas Gerais. "Em qualquer lugar do País você encontra o nosso produto", diz Gustavo Franco.
Mercado crescente
O consumo é uma das boas notícias para o presidente da Associação dos Produtores de Flores e Plantas Ornamentais do Ceará (Floresce), Gilson Gondim.
"O consumo de 2010 para cá duplicou. Hoje, está em R$ 6 bilhões em todo o Brasil. A gente percebe o uso de plantas em apartamentos e varandas. Em Fortaleza, por exemplo, está havendo um crescimento do paisagismo", afirma.
Segundo Gondim, a Floresce trabalha em duas direções para consolidar o setor na Capital. "Nós queremos construir um mercado da floricultura, que poderá ser referência turística, e introduzir novos tipos de plantas no Ceará". Para tanto, ele diz que parcerias entre a Floresce e a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão sendo formadas para introdução de novos cultivados. "O objetivo é fortalecer e desenvolver o setor no Estado", conta.
Uso da água
A seca que atinge o Estado há pelo menos cinco anos não afeta a produção da Reijers. De acordo com o diretor de produtos, existe uso racional da água, além da utilização de técnicas que impedem o desperdício.
"Nós fazemos uso do gotejamento ou irrigação localizada. Há também captação da água da chuva e da recirculação para evitar o desperdício", explica. Ele afirma que a empresa recebeu certificação internacional e um dos pontos analisados é o uso racional da água.
Apesar das técnicas da Reijers conseguirem preservar e armazenar a água, o presidente da Floresce, Gilson Gondim, diz que muitas empresas sofrem com a escassez de água, seja nas serras ou em outras regiões do Estado do Ceará.
Segundo ele, algumas empresas possuem poços para armazenar a água, porém a grande maioria depende do inverno. "Se não chover pelo menos na média a expectativa é uma diminuição da produção de rosas e flores. Neste ano o Ceará vai ter uma queda significativa nas exportações", avalia.
Gondim diz que os pequenos produtores estão sem alternativa, pois dependem dos sistemas de abastecimento. "As maiores empresas conseguem água através dos poços, mas a maioria, cerca de 90% não têm condições de armazenar água", explica.
Estabilidade
A diretora comercial da Cearosa, Gabriela Stulbach, afirma que a produção de flores de corte neste ano ficará estável. Segundo ela, por conta da crise econômica, o mercado consumidor está mais retraído. "Exceto em algumas datas, como Dia da Mulher e Dia das Mães, as vendas crescem. Portanto nós não vamos aumentar a produção em 2017", esclarece. Stulbach diz ainda que a estiagem no Estado atingiu a produção. "Mas nós nos preparamos com poços, tanques e outras formas para armazenar a água", explica.
A produção da Cearosa já chegou a 40 mil botões de rosas por dia. Atualmente, a empresa produz 15 mil botões diariamente. A empresa possui uma fazenda com 13 hectares na cidade de São Benedito.

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