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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Cuba se prepara para homenagens a Fidel

Havana. Cuba, de luto, se prepara para uma semana de cerimônias e procissão pela ilha para se despedir de Fidel Castro, líder da Revolução Cubana.
Os funerais do Comandante, personagem único que moldou a identidade da ilha e se tornou um dos símbolos do século XX, se estenderão até o próximo domingo (4 de dezembro), quando suas cinzas serão enterradas em Santiago de Cuba, berço do movimento revolucionário que o levou ao poder em 1959. A passagem das cinzas de Havana a Santiago, a 900 km de distância, levará quatro dias e tem tudo para se tornar uma mobilização maciça de milhões de cubanos.

Vigília
A primeira cerimônia fúnebre será hoje (28) na emblemática Praça da Revolução de Havana. No sábado (26), centenas de estudantes fizeram uma vigília na Universidade de Havana. Sobre as escadarias em que o líder fez um de seus últimos discursos, em 2010, a foto de Fidel foi cercada por velas acesas.
O luto suspendeu reuniões ou espetáculos na ilha. As partidas de beisebol foram canceladas, a venda de álcool proibida.
"Fidel Castro foi o político que deixou a maior marca na história de Cuba e o cubano que desempenhou o papel mais influente nos assuntos globais", escreveu o analista Arturo López-Levy, professor da de Universidade de Texas Rio Grande Valley.
Cremação em sigilo
A morte do líder foi anunciada pelo presidente Raúl Castro, mas sem revelar a causa. Irmão mais novo de Fidel, Raúl disse que seu corpo seria cremado no sábado, mas nenhuma fonte oficial confirmou que já foi feita.
Fidel passou o poder a Raúl em 2006 após uma hemorragia intestinal. Entre fevereiro de 2014 e abril de 2015 sumiu de cena, alimentando rumores sobre seu estado de saúde. Apesar dos movimentos limitados, há um ano e meio Fidel voltou a receber personalidades e mandatários estrangeiros.
À sombra de seu irmão, Raúl Castro implementou um lento processo de reformas para evitar a quebra de Cuba. Entre as medidas tomadas autorizou empreendimentos privados e investimento estrangeiro.
Para Jorge Duany (Universidade Internacional da Flórida), "teremos que esperar a saída de Raúl (em 2018), para analisar se haverá mudanças substanciais na cúpula do Estado".
Revolução Cubana
Movimento armado
A Revolução Cubana foi um movimento armado e guerrilheiro que culminou com a destituição do ditador Fulgencio Batista de Cuba, no dia 1º de janeiro de 1959, pelo Movimento 26 de Julho, liderado pelo revolucionário Fidel Castro
Financiamento
O apoio soviético depois do movimento armado enfatizou seu caráter anticapitalista e também antiamericano para posteriormente alinhar o país com o bloco socialista
Che Guevara
Em novembro de 1956, Fidel formou o "Exército Rebelde". Um de seus comandantes era o médico argentino Ernesto "Che" Guevara

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