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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Pipas divertem crianças, mas podem gerar riscos

Aproxima-se o período de férias do meio do ano e, com ele, vêm as brincadeiras características deste momento. Com o recesso escolar, muitas crianças se reúnem em torno de uma tradição antiga e que fortalece o convívio e os momentos de interação: soltar pipas, arraias ou papagaios.No entanto, embora seja saudável quando praticada de forma correta, é necessário atentar para alguns riscos durante esse tipo de brincadeira, que ocorrem em locais como o entorno do trilho da Av. Francisco Sá ou no Morro Santa Terezinha.
Nesse cenário, basta acrescentar uma combinação insegura para que a diversão se torne um problema, principalmente para os que trafegam em cima de motocicletas. No intuito de cortar as linhas das pipas alheias, o cerol, feito com liga de vidro moído com cola, se torna o vilão da brincadeira. "Toda linha aqui a gente bota cerol. O legal é cortar", disse um dos meninos que fazia disso a sua diversão na tarde de ontem, próximo ao trilho.
Os moradores da região contam que nos últimos dias têm percebido aumento no número de crianças nas ruas. "Eles atravessam a rua correndo atrás das pipas e os carros só faltam pegar esses meninos. Para eles, a brincadeira é maravilhosa. Para nós, fica o medo", avaliou Firmino de Araújo Carvalho, 52.
Lazer
Para outro dos meninos brincantes, a diversão é uma das poucas opções de lazer gratuito durante as férias nas proximidades da sua residência. "Eu sinto falta de uma quadra, de um espaço para brincar. A diversão que a gente tem aqui é soltar raia e jogar", revelou enquanto fazia o próprio brinquedo junto a amigos.
A Companhia Energética do Ceará (Coelce) ressalta que no período de férias, os cuidados básicos em relação à rede elétrica devem ser redobrados durante os momentos livres. O passatempo pode resultar em graves acidentes, além de provocar o desligamento da rede elétrica.
Conforme a Companhia, em 2016, de janeiro a junho, as pipas foram responsáveis por 277 ocorrências na rede, afetando 77.313 unidades. Em 2015, a Coelce registrou 1109 ocorrências, afetando 330.895 famílias.
Na Capital, a Lei 10.239 proíbe o uso do cerol, da linha chilena e de qualquer outro tipo de material cortante em pipas, papagaios, pandorgas e semelhantes artefatos lúdicos, para recreação, sob a punição de ter o material apreendido.
Já a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social explica que, quando os policiais percebem a utilização de cerol, recolhem o material e que em casos de acidentes com mortes os responsáveis podem responder por homicídio culposo. "Somadas, as penas podem chegar a quatro anos - de três meses a um ano é a pena prevista no art. 132 e de um a três anos no caso de homicídio culposo", esclarece a nota.

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