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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Câmeras monitoram unidades de Saúde

Médicos, servidores administrativos e pacientes contam, atualmente, com um dispositivo nas unidades de saúde, já utilizado em residências e estabelecimentos comerciais: as câmeras de segurança.

Postos de saúde e até hospitais municipais e estaduais de Fortaleza utilizam o recurso como uma forma de monitorar o que se passa dentro dos prédios públicos.

Em entrevista ao Diário do Nordeste, ontem, prefeito Roberto Cláudio, explicou que utilizar as câmeras é "um ato administrativo da Prefeitura com finalidade de segurança". Conforme o Sindicato dos Médicos do Ceará, a categoria aceita a utilização do recurso, mas solicita que as imagens geradas sejam transmitidas em tempo real para a população.
De acordo com o prefeito, a meta, desde o início da gestão, é universalizar o uso dos equipamentos em todas as unidades de saúde. "Quando a gente começou a reforma dos postos, uma das missões foi uma câmera de vigilância em cada posto. Por questões básicas de segurança interna da unidade", declarou o gestor municipal.
Pacientes
Ainda segundo o chefe do Executivo Municipal, as imagens captadas pelos dispositivos já flagraram cenas de servidores sendo agredidos e pacientes passando mal. "Já temos resultados com a utilização das câmeras". Roberto Cláudio informou também sobre agressões a profissionais da saúde que foram avaliadas a partir de imagens do circuito interno de monitoramento.
A reportagem tentou visitar postos no Centro da Capital, região de grande circulação, como o Posto de Saúde Paulo Marcelo, mas a equipe não foi autorizada a entrar no equipamento. Do lado de fora, pacientes informaram que acham a ideia interessante e positiva. A dona de casa Maria Gonçalves, 50, acredita que a utilização de câmera inibe a ação de criminosos. "Quem mora perto dos postos sabe que tem muito assalto, pois o movimento é grande. Além de saber que existe muita confusão nos postos por conta da superlotação", relata.
A situação é semelhante nos hospitais do Estado. Por meio de nota, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) declarou que "há câmeras em locais de maior circulação dentro dos hospitais, com o único objetivo de garantir segurança aos pacientes e profissionais".
Profissionais
A presidente do Sindicato, Mayra Pinheiro, afirma que a categoria é a favor da instalação de câmeras, mas pede mais transparência na utilização dos equipamentos. "Pedimos que as imagens captadas pelas câmeras sejam acessadas pelo público em geral. Somente assim todos vão poder conhecer as condições degradantes em que médicos trabalham e em que pacientes são atendidos", declara.
A reportagem solicitou à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) dados referentes à data de instalação, quantidade de equipamentos utilizados, valor de investimento, trabalho de vigilâncias e resultados com a implementação dos equipamentos, mas até o fechamento da edição os questionamentos não foram respondidos. Já a Polícia Militar informou, por meio de nota, que o policiamento em hospitais municipais é feito por duplas ou trios, em parceria com guardas municipais.
Além disso, no Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), entre 15 e 30 militares realizam o policiamento, dependendo da quantidade de presos sob escolta recebendo atendimento médico no local. O policiamento no entorno de unidades é feito por equipes das áreas onde os prédios estão inseridos, de acordo com as informações da Polícia Militar do Ceará.

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