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terça-feira, 24 de maio de 2016

Machado negocia delação premiada

Brasília. Protagonista da primeira crise do governo Temer, Sérgio Machado negocia acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. As tratativas estavam em andamento quando a “Folha de S.Paulo” revelou, ontem, áudios gravados, ao que tudo indica pelo próprio ex-presidente Transpetro, envolvendo o ministro Romero Jucá (Planejamento).
Pessoas próximas às negociações avaliam que será preciso discutir o andamento do acordo após o vazamento dos áudios para que a colaboração seja confirmada e enviada para homologação do Supremo Tribunal Federal (STF).

 Machado é investigado no Supremo por suspeita de ter envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras. 
Em dezembro, ele chegou a ser alvo de busca e apreensão da Polícia Federal e do Ministério Público Federal em um dos desdobramentos da Lava-Jato.
Ex-presidente da Transpetro, ele é considerado afilhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os dois são investigados no STF por suspeita de que contratos da subsidiária da Petrobras pagaram vantagens indevidas. Em depoimento à Polícia Federal, Machado já admitiu que teve encontros com Fernando Soares, o Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras. 
Questionado pela PF sobre reuniões com Baiano, Sérgio Machado reconheceu que conhece o lobista e que estiveram juntos na Transpetro “em algumas oportunidades, com o propósito de tratar de empresas que ele (Baiano) representava”.
Outras gravações
De acordo com o jornal “O Globo”, o ex-presidente da Transpetro também registrou áudios de Renan Calheiros e do ex-presidente da República José Sarney. A fonte que teve acesso às gravações dos dois peemedebistas disse que o conteúdo revelado em relação a Romero Jucá “não é nada” comparado com a conversa de Renan e Sarney. 


O presidente do Senado tem negado que tenha relação com o esquema de corrupção na estatal e sempre disse que suas relações com dirigentes de empresas públicas “nunca ultrapassaram os limites institucionais”.

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