Até o fim do próximo mês de
maio, estará concluído e entrará em funcionamento o maior projeto de geração
distribuída industrial de energia solar do País. Localizado na geografia do
município de Pindoretama, entre Aquiraz e Cascavel, esse parque de geração
solar terá 9.223 painéis fotovoltaicos, dos quais 1,1 mil já foram instalados.
Todo
esse conjunto de painéis produzirá 3 megawatts (MW), potência que será
totalmente consumida pela Santa Elisa Embalagens, uma unidade industrial que
pertence ao grupo Telles, com sede em Fortaleza, cujo sócio majoritário é o
empresário Everardo Telles.
Ontem,
uma equipe composta por 23 técnicos da Energia Zero Brasil, de João Pessoa
(PB), empresa especializada nesse trabalho, sequenciava o serviço de
implantação do parque de energia solar, que ocupa área de seis hectares bem ao
lado da fábrica de embalagens.
As
placas fotovoltaicas são instaladas sobre estruturas metálicas suportadas por
700 bases de concreto, cada uma medindo 1,40 m x 1,40 m.
Expansão
"Esta
é só a primeira fase do projeto", informa Everardo Telles, acrescentando
que mais três hectares já estão infraestruturados para receber a segunda etapa
do empreendimento, que acrescentará mais 2 MW a serem injetados no Sistema
Elétrico Nacional, mas que serão utilizados por outra unidade industrial do
Grupo, localizada em Fortaleza. O empreendimento terá potência total de 5 MW.
Os
painéis fotovoltaicos em instalação no parque de energia solar da Santa Elisa
Embalagens foram fabricados pela multinacional norte-americana Sun Edison, na
cidade de St Peters, no Estado de Missouri, nos Estados Unidos. "Eles são
de última tecnologia", revela Everardo Telles. Os painéis chegaram a
Pindoretama no início deste ano e foram estocados em um dos galpões da antiga
fábrica de aguardente que o Grupo Telles tinha naquele município.
Investimento
Na implantação
desse parque, o Grupo Telles está investindo R$ 30 milhões, dos quais R$ 10
milhões só na infraestrutura da área, incluída a construção das bases nas quais
se instalam os painéis fotovoltaicos. A previsão de conclusão dos trabalhos é a
segunda quinzena do próximo mês de maio, de acordo com o engenheiro mecânico
Tiago Figueiredo, da Energia Zero Brasil, responsável pela instalação do
parque.
Ele
revelou que sua empresa, que atua em vários estados do Nordeste, deverá abrir
um escritório em Fortaleza para atender à demanda de minigeração de energia
solar, cujo mercado são, principalmente, as residências unifamiliares urbanas e
rurais.
Everardo
Telles considera que está fazendo um investimento oportuno, no lugar certo e
com a tecnologia correta. "A Santa Elisa Embalagens vai livrar-se de uma
conta de energia que é hoje de R$ 300 mil mensais", conta ele, apostando
na rápida superação dos atuais e graves problemas enfrentados pela economia
nacional.
A Santa
Elisa é uma indústria que produz embalagens usando como matéria prima bagaço de
cana e, também, papel e papelão por ela mesma reciclados e recolhidos em
diferentes pontos de coleta de Fortaleza. A fábrica produz diferentes tipos de
embalagens, que saem dela com todos os detalhes - inclusive de ordem gráfica -
determinados pela sua clientela, que se espalha por vários estados do País.
Entre
os clientes da Santa Elisa, estão as empresas do Grupo Claudino, maior
conglomerado empresarial do Estado do Piauí, uma das quais é uma fábrica de
bicicletas, para as quais é feita uma embalagem especial, personalizada em
padrões e cores.
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