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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Pequenos sofrerão menos com burocracia

Brasília. A política de estímulo às micro e pequenas empresas em estudo pelo governo vai contemplar duas frentes - ampliação do crédito a juros baixos e desburocratização. Empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões terão acesso a linhas de financiamento com juros de 15% a 18% ao ano, com a garantia do Sebrae e do BNDES, anunciou ontem o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

 Está certa a participação de bancos privados - BNDES, Caixa e Banco do Brasil -, e bancos privados serão convidados.
"Pagando juros de agiota, ninguém consegue sobreviver. Temos necessidade de dar oxigênio mais puro, uma linha de crédito mais compatível com as micro e pequenas", disse Afif.
A expectativa é de que a oferta comece em fevereiro. Até lá, será definida a taxa de juros exata a ser cobrada. Ainda não é certo também o volume de recursos que será dedicado às micro e pequenas.
Limite de R$ 30 mil
Segundo Afif, que esteve reunido nesta tarde com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, está certo que o limite de empréstimo será de R$ 30 mil - para "obrigar a pulverização do crédito". Haverá duas linhas principais - uma para capital de giro e o cartão BNDES, para investimento. Outra facilidade para o setor será o fim da exigência de registro em cartório dos contratos de empréstimo. Cada contrato custa R$ 2 mil, segundo Afif.
Essa política não implicará em subsídio do Tesouro disse. Para garantir taxas de juros baixas, será usado o fundo garantidor de crédito do BNDES e do Sebrae, o que isentará o empresário de exigências de garantias reais. "O sistema financeiro só dá prata a quem tem ouro. Com a introdução dos fundos garantidores, teremos condições de oferecer linhas de crédito desburocratizadas", afirmou Afif.
Medidas
Concessão de crédito para micro e pequenas empresas compõe o conjunto de medidas de estímulo à economia que será anunciado hoje pela presidente Dilma Rousseff e sua equipe econômica, na reabertura do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão.
Entre as medidas de injeção de recursos na economia, o governo vai anunciar a criação de linhas de crédito com juros mais baixos que os de mercado para a construção civil, exportadores e para o agronegócio. A Fazenda está negociando alguns pontos, como a fatia de recursos que o trabalhador desempregado poderá comprometer do FGTS e da multa por ter sido demitido como garantia de empréstimo consignado. Segundo fontes do governo, o valor total do pacote pode chegar a R$ 60 bilhões.

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