A Organização Mundial da Saúde (OMS)contestou as declarações do ministro
da Saúde, Marcelo Castro, que disse que o Brasil "perde feio" a batalha contra o Aedes
aegypti, mosquito responsável pela transmissão de zika, dengue
e chikungunya."Nós
estamos há três décadas com o mosquito aqui no Brasil e estamos perdendo feio a
batalha para o mosquito. Ano passado foi o (ano) que teve o maior número de
casos de dengue no Brasil em toda a história", disse Castro nesta
segunda-feira, 25.
Com
cuidado político, a OMS mandou uma mensagem diferente sobre como avalia a situação.
"Acho que é algo fatalista", disse o porta-voz da entidade, Christian
Lindmeier, na manhã desta terça-feira, 26, em Genebra, na Suíça, ao responder
pergunta sobre a declaração do ministro.
"Se
esse fosse o caso, poderíamos abandonar tudo. Não é o caso", disse.
"Podemos esperar ver a doença em mais lugares. Estamos trabalhando e é
difícil eliminar o mosquito", declarou o porta-voz.
A OMS
também insistiu em não comentar o fato de o Brasil ter tido um recorde no
número de casos de dengue. "Não é uma luta só brasileira. Ainda vemos o
problema nas regiões tropicais. Não posso comentar a situação brasileira. O
que, sim, vemos é que há muito esforço em medidas preventivas", afirmou
Lindmeier.
Emergência
Na
quinta-feira, 28, a pedido da direção da OMS, uma reunião especial será
realizada em Genebra para lidar com a crise do zika. Durante o encontro, a
Organização Pan-Americana de Saúde fará anúncios sobre como tem lidado com a doença
e países também apresentarão suas medidas.
A OMS
assumiu a coordenação do combate à doença apenas na semana passada, depois que
o vírus havia sido registrado em 21 países.
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