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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Negócios com a China podem gerar US$ 100 mi

Os produtores exportadores de frutas do Ceará estão animados com a possibilidade de uma parceria com a China. A produção do Estado que, atualmente, é de 60 mil toneladas, entre melão e melancia, dobraria passando para 120 mil. O que significaria um incremento de U$ 100 milhões de dólares no faturamento que em, 2015, rendeu U$ 118 milhões. O Brasil exporta em torno de 250 mil toneladas.

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos, o setor está otimista para concretização do negócio, pois já exportam para outros países exigentes o que garante boas credenciais. "Acho que a China não vai ser mais exigente que os outros (países). O que os técnicos querem é ver o risco de praga e o trabalho que faremos para minimizar", comenta. O especialista enfatiza que existe a possibilidade de conseguir, ainda no segundo semestre, a autorização fitossanitária necessária para exportação.
Para Barcelos, essa é uma importante oportunidade de fechar negócio com um dos maiores compradores mundiais: "Todo o cultivo de melão e melancia aqui no Ceará vem de áreas livres da chamada mosca azul, que ataca essas frutas. Já somos certificados por mercados exigentes como o dos Estados Unidos, estamos confiantes".
Comitiva
Os técnicos Li Gaoua e Imiti Resuli, da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena de Animais e Plantas da República Popular da China, equivalente ao Ministério da Agricultura brasileiro, estão no Ceará para analisar o processo de fruticultura local. Eles estão visitando fazendas na região do Icapuí e Aracati da Agrícola Famosa.
No encerramento da missão, na próxima quita-feira (28), às 9h, a comitiva irá se reunir com produtores locais e representantes da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) e Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), na sede da Superintendência Federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no bairro de Fatima. Na ocasião, será apresentado por parte dos chineses as considerações acerca das frutas brasileiras, bem como o futuro das negociações para a exportação para a China.
Consumo
O consumo das frutas na China é bastante significativo. Apenas para comparação, o país consome cerca de 42 kg per capita de melancia por ano. Aqui no Brasil, o consumo é de 57 kg per capita, isso somando-se todas as frutas consumidas. "Outro fator que nos favorece atualmente é a reforma do Canal do Panamá, que vai reduzir em cerca de dez dias o tempo de viagem até a Ásia", completa Barcelos.
Os chineses irão visitar também fazendas produtoras no Rio Grande do Norte, além do Ceará. As frutas produzidas nesses estados, atualmente, são comercializadas no mercado interno brasileiro e exportadas para os EUA, Europa, Rússia e Oriente Médio.
Mercado do Ceará
Segundo dados consolidados da Adece sobre as exportações cearenses em 2015, foram exportados U$ 118.927.151,00 em frutas. Deste montante, melão e melancia são as mais rentáveis, com U$ 88.710.968,00 e U$ 14.140.143,00 em exportações, respectivamente.
Atualmente, a maior parte dos melões exportados vem da região da Chapada do Apodi, na divisa entre Ceará e Rio Grande do Norte.

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