Com condições competitivas para
atrair empreendimentos estrangeiros, a exemplo da Zona de Processamento de
Exportação do Ceará (ZPE Ceará) e do Porto do Pecém, o governo do Ceará,
juntamente com a iniciativa privada, tem conversado com investidores de outros
países. Hoje, será a vez de discutir as oportunidades de investimento entre
Brasil e China, durante evento que ocorre às 14h30, na sede da Federação das
Indústrias do Ceará (Fiec).
Na
ocasião, o presidente binacional da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China
(CCIBC), Charles Tang, fará uma palestra sobre o assunto. "O foco serão as
oportunidades nas quais a China pode se inserir em parcerias com empresas
cearenses", disse o presidente do Conselho Temático de Relações
Internacionais (Corin) da Fiec, Marcos Oliveira.
Ele
destaca os setores de energias renováveis e da construção civil voltada para a
área de infraestrutura como os mais promissores para estreitar o relacionamento
entre empresas chinesas e cearenses. "Como estamos com uma captação muito
forte aqui no Nordeste em energias renováveis, já há uma aproximação de algumas
empresas que estão vindo para saber como podem se inserir nesse mercado".
Mais prospecções
O
presidente da Companhia Administradora da Zona de Processamento de Exportação
do Ceará (ZPE Ceará), Mário Lima Júnior, ressalta que a ZPE está se preparando
para receber empresas dos segmentos de siderurgia, petróleo e gás, e da
indústria química em geral.
"Esses
são os segmentos em que nós estamos avançando na infraestrutura". Lima
argumenta, ainda, que a localização geográfica do Porto do Pecém deve atrair
empresas chinesas que buscam atingir, por exemplo, o mercado de países como os
Estados Unidos.
"Estamos
com um trabalho de aproximação com a China, especificamente com a província de
Fujian, de onde está prevista, para o final de março, a vinda de uma nova
comitiva (ao Ceará). E os próprios empresários de Fujian podem se instalar na
ZPE para exportar para o mercado norte americano", diz Lima. Antes do
evento na Fiec, o governador Camilo Santana deve se reunir com Charles Tang
para tratar da prospecção de negócios para o Estado.
Em
2015, o Ceará exportou para a China US$ 45,1 milhões, e importou US$ 585,4
milhões, segundo dados da Fiec. Os principais produtos exportados pelo Estado
para a China foram: "peles e couro" (US$ 22,3 milhões).
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