São Paulo. Os nomes mais cotados para
disputar a Presidência da República em 2018 são bem conhecidos do eleitorado e,
sem exceção, compartilham altas taxas de rejeição, aponta pesquisa nacional do
Ibope divulgada ontem. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é quem tem a
maior taxa: 55% dos entrevistados afirmam que não votariam nele "de jeito
nenhum".
Em
empate técnico com o petista no quesito rejeição estão o senador José Serra
(PSDB-SP), com 54%; o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), com 52%;
e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), com 52%. Atrás deles estão a ex-ministra
Marina Silva (Rede), com 50%; e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com 47%. A
margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
Lula, por outro lado, também
tem a maior proporção de eleitores cativos, que votariam nele para presidente
"com certeza": 23%. Aécio Neves alcança 15%; Marina, 11%; Serra, 8%;
Alckmin, 7%; e Ciro Gomes, 4%.
O
petista é, ainda, o nome mais conhecido - apenas 2% disseram não conhecê-lo o
suficiente para opinar. No caso de Aécio, segundo colocado neste critério,
foram 9%. Em seguida vêm Marina (10%), Serra (11%), Alckmin (16%) e Ciro Gomes
(24%).
Perfil
O nome
de Lula tem maior aceitação na região Nordeste, onde 38% dos entrevistados
dizem que votariam nele "com certeza", e entre as camadas mais pobres
da população - 36% dos que ganham até uma salário mínimo afirmam o mesmo.
A maior
taxa de rejeição ao petista vem do Sul, onde 68% não cogitam votar no
ex-presidente. Entre os mais ricos (com renda mensal acima de 5 salários
mínimos), 66% não lhe dariam voto em hipótese alguma. Em maio do ano passado, a
rejeição de Lula era de 33%, mesmo percentual de possíveis eleitores que ele
tinha no período.
Desta
vez, o Ibope entrevistou 2.002 pessoas entre os dias 17 e 21 de outubro. As
taxas não somam 100% porque um eleitor pode apontar que votaria em mais de um
candidato ou que não votaria em nenhum deles.
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