Fortaleza/ São Paulo. O Sindicato dos Bancários negou
a proposta de reajuste salarial de 7,5% feita ontem pela Federação Nacional dos
Bancos (Fenaban). O aumento representaria uma perda de 2,17%, quando descontada
a inflação. O Sindicato dos Bancários do Ceará, que realizou assembleia na
tarde de ontem, não teve acesso à proposta, mas deliberou por acompanhar a
decisão do comando nacional da greve. Por isso, continua a paralisação nas
agências, que já chega a 70%.
Os
representantes das instituições financeiras mantiveram ainda a decisão de não
oferecer o abono salarial aos seus funcionários, como já haviam feito na
primeira proposta, em setembro. Os sindicalistas destacam que o lucro dos
bancos foi de R$ 42 bilhões no primeiro semestre do ano e que, mesmo assim, a
proposta feita imporia perda salarial para os trabalhadores. A negociação será
retomada hoje.
Reivindicações
Entre
as reivindicações, a categoria pede reajuste salarial de 16% (reposição da
inflação mais aumento real de 5,6%). Na primeira proposta, apresentada em
setembro, os bancos ofereceram reajuste total de 5,5%. A negativa levou os
bancários a entrar em greve no dia 6 de outubro.
Para
Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e
região, a oferta feita é um "desrespeito". "Queremos discutir um
reajuste digno do esforço dos bancários e correlato aos ganhos reais dos
bancos. Não podemos aceitar perda salarial", disse, por meio de nota.
Os
trabalhadores também querem vale-refeição e vale-alimentação no valor de um
salário mínimo (R$ 788), manutenção do emprego e melhores condições de
trabalho, com o fim das metas, que, para eles, são consideradas abusivas.
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