A notícia não é nada animadora:
vem aí mais um aumento nas despesas mensais do cearense. A Agência Reguladora
de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce) confirma que autorizou
reajuste nas tarifas dos serviços da Companhia de Água e Esgoto do Ceará
(Cagece) e cobrança de multa como medida para coibir o desperdício.
Os novos
valores, assim como a explicação de como será a aplicação da penalidade, são os
principais assuntos da entrevista coletiva que acontece às 11h de hoje, na sede
a Agência.
A Arce
adianta que a média mensal de consumo do usuário será levada em conta e, por
isso, deve estabelecer percentuais para quem utiliza acima desse critério.
Representantes da Cagece estarão presentes e já adiantaram que só vão se
pronunciar após evento com o presidente do conselho diretor da Arce, Adriano
Costa, e o coordenador econômico-tarifário, Mário Monteiro.
Desde maio, como
tradicionalmente acontece anualmente, o reajuste é esperado, fato que não
ocorreu até agora. Segundo especialistas, esse percentual deve ficar acima dos
10%, como o Diário do Nordeste, em sua edição do dia 12 de junho, adiantou.
Mário Monteiro comentou essa possibilidade. Na época, ele esclareceu que o
valor cobrado pela Cagece tem como base alguns indicadores, como o aumento do
preço da água bruta, em 18,5%, ocorrido no início do ano. A energia também tem
impacto na tarifa da água. Em 2014, o reajuste foi de 7,5%.
A
expectativa de mais um ano de seca e a situação dos reservatório monitorados
pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), cujo nível atual de
14,8% é o pior em 21 anos, são fatores de pressão para a necessidade cada vez
maior fechar as torneiras. No Interior, a questão da água é dramática. Tanto
que moradores de Jaguaribara, distante 170 Km de Fortaleza, promoveram uma
manifestação e tentaram bloquear a válvula do açude Castanhão que abastece a
Capital e sua Região Metropolitana. Policiais do Comando Tático Motorizado (Cotam)
tiveram que intervir.
O
consumo de água, principalmente em Fortaleza, é considerado ainda alto, apesar
de nos primeiros nove meses do ano, a Cagece ter registrado uma diminuição da
3,6%, passando de 83 milhões de metros cúbicos, entre janeiro e setembro de
2014, para 80 milhões no mesmo período de 2015. No Estado, esse percentual foi
de 3,1%.
Prejuízo
A perda
operacional de água da Companhia gira em torno de 26% no Estado, conforme o
Índice de Água Não Faturada (Ianf). Considerando apenas a Capital, o Inaf é de
32%. Essa perda é relacionada a ligações clandestinas, vazamento, hidrantes
defeituosos, entre outros problemas.
Diante
da estiagem, a orientação é economizar e o estabelecimento de multa se torna
agora uma realidade.
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