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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Ex-governador nega ter rompido com Dilma

A filiação de Ciro Gomes ao PDT está ligada a uma pretensa candidatura sua à Presidência da República, mas o seu irmão e ex-governador Cid Gomes, que também se filiará ao mesmo partido, nega estar rompido com a presidente Dilma Rousseff (PT). Cid, tomou conhecimento da sua condenação a pagar indenização de R$ 50 mil ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pouco antes do ato público de filiação de Ciro na sede do PDT em Brasília. Ele diz que vai recorrer da decisão.

"Jamais, em momento algum estive rompido. Eu tenho pessoalmente pela Dilma um grande carinho, um grande respeito. A imagem que eu faço da Dilma é de que ela é uma pessoa séria, bem intencionada, e que tem muito amor ao Brasil e aos brasileiros. Na sua reeleição ela vem enfrentando aí momentos de extrema dificuldade, de um lado pela conjuntura econômica que tem obrigado seu governo a se render a uma política econômica que em momentos passados foi muito prejudicial ao Brasil", disse Cid Gomes.
Sobre a possibilidade de impeachment Cid se mostrou radicalmente contra. Ele afirmou que Dilma sofre uma crise política, com reflexos para toda sociedade. "Estamos vivenciando uma crise de identidade partidária, Então, não estou rompido com a Dilma, defendo que ela cumpra integramente seu mandato, mas não deixarei de emitir opiniões", disse.
Em relação à situação do PDT no Ceará, Cid Gomes avaliou que "nossa história com o PDT no Ceará já vem de muitos processos eleitorais, PDT esteve conosco na última eleição, apoiou e foi vitoriosa a eleição do Camilo ( Santana, governador do Ceará pelo PT). O PDT esteve conosco na minha reeleição para governador, teve uma participação e indicou o vice-governador na época em que o Ciro foi candidato. Portanto, é uma história comum tanto no Brasil, quanto no Ceará. Espero que esta relação possa ajudar a trazer um espaço permanente de crescimento da política no nosso Estado".
O governado Camilo Santana, que contou com o apoio dos irmãos Ferreira Gomes para sua eleição, avaliou como extremamente positiva a ida dos irmãos para o PDT, elogiou a história do partido e afirmou que sua missão, de suceder a Cid Gomes no Governo do Ceará é das mais difíceis. "É o maior governador da história do Estado. A minha palavra aqui é de testemunho, para parabenizar o PDT pela grande conquista de ter este grande brasileiro (Ciro), nas fileiras do seu partido".
Condenação
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou Cid Gomes a pagar R$ 50 mil de danos morais ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por uma declaração na qual acusou de ter entre 300 e 400 achacadores na Casa. Na ação, Cunha alegou que Cid cometeu injúria a honra e imagem dos deputados federais, manchando a honra e reputação dos parlamentares, uma vez que foram divulgadas por diversos veículos de comunicação do País.
Em sua defesa, Cid Gomes alegou que quando usou a palavra achaque se referiu à manobra de pressão política exercida pelo Poder Legislativo sobre o Poder Executivo, com a intenção de subjugá-lo e de enfraquecê-lo politicamente. Negou ter feito referência direta a Eduardo Cunha.
O juiz Redivaldo Dias Barbosa entende que houve danos morais. "Ao individualizar a quem imputava a conduta de achacador o réu extrapolou os limites da sua liberdade de expressão". Eduardo Cunha disse que não se satisfez com o valor de R$ 50 mil a que Cid Gomes foi condenado pela Justiça do Distrito Federal a pagar como indenização.

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