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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Desocupação no Ceará é de 8,8% no 2º trimestre

Fortaleza/São Paulo. A taxa de desocupação no Ceará, medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, foi estimada em 8,8% no 2º trimestre de 2015, considerando as pessoas de 14 anos ou mais de idade. O índice apresentou alta nas duas variações. No primeiro trimestre deste ano, o número estava em 8%, já no 2º trimestre de 2014, estava em 7,5%. 

A média do Ceará foi maior do que a nacional. A taxa de desocupação no Brasil foi de 8,3%, registrando a maior taxa da série histórica, que teve início em 2012, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já o nível de ocupação da população cearense para a mesma faixa etária e em igual período de comparação ficou em 48,8%, de acordo com o IBGE. Dentro deste percentual, a Pnad Contínua apontou também o crescimento da participação dos trabalhadores por conta própria dentro do percentual da população ocupada, que saiu de 27,9% (2014) para 28,7% (2015). O número de pessoas com carteira assinada também cresceu, conforme os dados, de 60,5% (2014) para 61,6% (2015).
Entre os setores que mais abrigam trabalhadores no Ceará, o maior número esteve com o comércio (21,5%), seguido pela administração pública, defesa e seguridade social (15,6%). Na sequência veio a indústria (14,1%), a agricultura, pecuária e produção florestal (11,9%), a construção (9 %), a informação, comunicação e atividades financeiras (7,7%), serviços domésticos (7,4%), alojamento e alimentação (4,9%) e transporte, armazenagem e correio (3,6%).
Maior patamar
A taxa de desemprego no Brasil atingiu 8,3% no segundo trimestre deste ano, maior patamar da série histórica iniciada em 2012, com forte crescimento da população em busca de uma colocação diante do cenário de economia em contração e inflação elevada. No trimestre encerrado em junho, a população desocupada (8,4 milhões de pessoas) cresceu 5,3% frente ao trimestre imediatamente anterior.
Na comparação com igual período de 2014, o salto foi de 23,5%, de acordo com a Pnad Contínua divulgada nesta terça-feira. Nos três meses até maio, a taxa de desemprego tinha ficado em 8,1%. No primeiro trimestre do ano, ela foi de 7,9%.
"Teve aumento da desocupação provocado por maior procura e a geração de postos de trabalho não alcança toda essa população procurando trabalho", afirmou o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azevedo. "Há pressão forte sobre o mercado de trabalho, que é reflexo do cenário econômico. O cenário econômico não atende a demanda", acrescentou.
A renda média real habitual recuou 0,5% no segundo trimestre na comparação com um ano antes, a R$ 1.882.
Os resultados reforçam a deterioração do mercado de trabalho observada desde o início do ano, num ambiente de profunda fraqueza econômica e baixa confiança. Aos fatores econômicos, soma-se a grave crise política, que vem gerado insegurança entre consumidores e empresas.
PME sinalizou trajetória
Dados divulgados na semana passada já vinham apontando que a trajetória do mercado de trabalho não deve melhorar tão cedo. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, que leva em conta dados apurados apenas em seis regiões metropolitanas do País, mostrou que a taxa de desempregou saltou para 7,5% em julho, maior nível em mais de cinco anos, em consequência do aumento de quase 10% da população desocupada. Segundo dados do Ministério do Trabalho, o Brasil fechou 157.905 vagas formais de trabalho no mês passado, pior resultado para julho da série histórica iniciada em 1992. A despeito da performance econômica fraca, a resiliência do mercado de trabalho vinha sendo um dos trunfos do governo da presidente Dilma Rousseff, especialmente durante sua campanha à reeleição, no ano passado. A Pnad Contínua tem abrangência nacional e vai substituir a PME.

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