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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Planos de saúde incentivam cliente a deixar cigarro

São Paulo. Preocupadas com os custos de tratamentos de doenças graves causadas pelo cigarro, operadoras de saúde têm tentado atrair pacientes para programas antitabagismo. Com investimento relativamente baixo, as empresas vêm ampliando a iniciativa e tentando novas formas de fazer o fumante aderir.
Segunda maior operadora de saúde do País, com 4 milhões de beneficiários, a Amil investe cerca de R$ 300 por paciente em um programa com consultas individuais e em grupo e monitoramento remoto. 

O valor é inferior à despesa que a operadora teria com o tratamento de um câncer de pulmão, por exemplo, uma das principais doenças associadas ao tabagismo. Um paciente com esse tipo de tumor custa entre R$ 200 mil e R$ 400 mil.
"Esse programa é interessante para todos: para o paciente, que vai evitar uma patologia no futuro; para o médico, que terá um paciente com melhor condição clínica e mais qualidade de vida, e para a operadora, que tem um beneficiário mais saudável e um custo mais adequado", diz José Luiz Cunha Carneiro Junior, diretor técnico da Amil.
Desde 2012, quando o programa foi criado, mais de 5 mil clientes da operadora aderiram ao programa, média de 130 adesões mensais. Atualmente, aproximadamente 400 pacientes procuram o serviço por mês.
Fumante há 33 anos, a dona de casa Dionisia Santos Souza Pessoa, de 55 anos, foi incentivada a entrar no projeto após sofrer dois enfartes. "Meu médico falou que qualquer traguinho seria um veneno para mim. Não era só uma questão de qualidade de vida, era questão de sobrevivência", diz ela, que aderiu ao programa em março e já está há três meses sem fumar.
Pulmão
O câncer de pulmão é o tumor mais prevalente entre os pacientes da operadora. Entre 2012 e 2015, o número de pessoas que passaram por quimioterapia por causa da doença dobrou.
Na Bradesco Saúde, maior operadora do País, com quase 4,1 milhões de clientes, o programa antitabagismo é oferecido às empresas. A companhia interessada em oferecer o serviço aos funcionários paga um total de R$ 3,6 mil por pessoa.
"Uma médica pneumologista e psiquiatra vai à empresa, faz a palestra motivacional focando nos ganhos que o funcionário terá se parar de fumar e faz uma avaliação dos interessados. Depois, as consultas são feitas na própria empresa", explica Maristela Duarte Rodrigues, superintendente médica do programa.
Com 707 mil beneficiários, a Seguros Unimed passou a oferecer um programa do tipo para seus funcionários e também pretende ampliar o serviço para seus beneficiários.

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