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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Valor da energia elétrica subiu 16,4% neste ano

Brasília. O preço da energia para o consumidor residencial no Brasil subiu, em média, 16,4%, em 2014. Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluiu a revisão sobre as tarifas praticadas por 63 das 64 distribuidoras que atuam no País. A única elétrica ainda não submetida à revisão é a Sulgipe, que atende cerca de 135,2 mil unidades consumidoras (residências, escritórios e indústrias) no sul de Sergipe. A previsão é de que essa empresa passe pelo processo de ajuste em meados de dezembro.

A CEEE, do Rio Grande do Sul, e a CEA, do Amapá, também ainda não foram autorizadas a reajustar suas tarifas por estarem inadimplentes. O cálculo para chegar ao aumento médio do preço das tarifas no País não leva em consideração a quantidade de consumidores atendidos por cada uma das empresas. Dando pesos iguais a cada uma delas.
Cinco principais
Ao considerar apenas as cinco companhias com maior número de consumidores do Brasil - Cemig (MG), Eletropaulo (SP), Coelba (BA), Copel (PR) e Light (RJ)-, o aumento médio da energia no ano foi ainda maior: de quase 18%.Juntas, essas empresas atendem cerca de 27,6 milhões de unidades consumidoras, em um universo de 75,8 milhões unidades brasileiras declaradas pelas empresas à Aneel.
Futuro
Este ano, apesar da forte seca ter prejudicado o reabastecimento dos reservatórios das usinas hidrelétricas e do uso intenso das usinas térmicas (que são mais caras), o consumidor ainda não foi impactado pelo aumento real dos preços.
Sem condições de fazer frente às dívidas bilionárias, as empresas de distribuição tomaram empréstimos bancários de R$ 17,8 bilhões para custear a compra de energia e uso de térmicas.
Esse valor será repassado integralmente ao consumidor, durante dois anos, a partir do ano que vem. Outro possível impacto sobre as tarifas do ano que vem corresponde aos gastos com térmicas e compra de energia das distribuidoras feito em 2013, cerca de R$ 10 bilhões.
Indenizações
Outros custos do setor, a exemplo do pagamento de indenizações à empresas que renovaram as concessões, por exemplo, também devem impactar os preços ao consumidor, mas o governo ainda não divulgou qual a parcela que irá para as contas de luz ou o prazo definido para esses pagamentos.
No ano que vem, todas as residências do país terão suas tarifas alteradas também pelas "bandeiras Tarifárias". Esse sistema repassa mensalmente custos maiores para o consumidor, dependendo da situação de abastecimento do sistema.
Aneel define limites de preços do MWh
Brasília. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu ontem, os novos limites do Preço de Liquidações de Diferenças (PLD) de energia elétrica, usado no mercado de curto prazo. Em 2015, o PLD máximo será R$ 388,48, por megawatt-hora (MWh) e o mínimo será R$ 30,26, por MWh.
Segundo a Aneel, o principal efeito do novo limite é a diminuição do risco de exposição ao mercado de curto prazo, o que beneficia tanto geradores, quanto consumidores. "O novo limite contribui para mitigar o risco financeiro do mercado de curto prazo, sem prejudicar a expansão do sistema e os sinais de preço para o comportamento eficiente da demanda", informou a agência. Na definição do limite máximo foram considerados os custos variáveis das usinas termelétricas e, para o limite mínimo, os custos operacionais das usinas hidrelétricas.
O PLD é o preço que as distribuidoras pagam pela energia que têm que comprar fora dos contratos, onde os preços são fixos. Neste ano, o PLD ficou mais caro por causa da falta de chuvas, que fez com que o nível dos reservatórios das hidrelétricas ficassem muito baixos.
Bandeiras tarifárias
Por isso, as distribuidoras que tiveram que comprar energia no mercado livre precisaram de ajuda financeira do governo. Em 2014, o PLD máximo foi fixado em R$ 822,83/MWh.
No ano que vem, a Aneel implementará outras duas medidas para aperfeiçoar o sistema de preços da energia para as distribuidoras. O primeiro será o sistema de bandeiras tarifárias, que permitirá o reajuste mensal das tarifas de acordo com o patamar de PLD. O segundo será a incorporação da exposição involuntária prevista para o ano nas movimentações tarifárias em processamento, em vez de repassar somente no ano seguinte, como é feito atualmente.
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/negocios/valor-da-energia-eletrica-subiu-16-4-neste-ano-1.1159681

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