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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Risco de infecção por vírus ebola é mínimo

Apesar do considerável número de estrangeiros vindos do continente africano, o Ceará não está em situação de alerta em relação ao vírus do ebola. A preocupação com a infecção não atinge os órgãos de saúde do Estado, já que a possibilidade da incidência da doença é extremamente remota.
Conforme a assessoria da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), até o momento não existem ações voltadas, especificamente, para uma possível epidemia. "A Sesa continua realizando a vigilância em saúde para todos os tipos de doença, e não somente para o ebola", diz o órgão.

O médico infectologista Anastácio Queiroz explica que, na região Nordeste, as chances da doença são mínimas.
"Trata-se de regiões da África que estão sob total controle das organizações voltadas para a saúde, que estão realizando estudos, tentando impedir o alastramento do vírus, bem como controlando as viagens para os países atingidos, apesar de não se tratarem de áreas de visitação turísticas".
O especialista explica que, como a mortalidade da doença é muito alta - a cada dez infectados, nove morrem­-, várias organizações mundiais estão voltadas para resolver o caso.
É o caso da Organização Mundial da Saúde (OMS), que fornece equipamento e assessoria, do Médicos Sem Fronteiras (MSF), que oferece apoio clínico para isolar e conter a epidemia, e da Federação Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho, que promove a prevenção do vírus.
O Aeroporto Internacional Pinto Martins não realiza ações especiais de prevenção específicas para o vírus, em desembarque de passageiros vindos do continente africano.
Segundo a assessoria, ainda não há necessidade de cancelar viagens de Cabo Verde - único voo direto. "Não estamos em situação de alerta, não há necessidade para isso ainda. Os voos continuam normalmente".
Vigilância
Para os casos de pessoas vindas de outros países, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atua rigorosamente na vigilância epidemiológica, no aeroporto e no porto de Fortaleza. Sobre o vírus ebola, "a Anvisa mantém sua rotina de vigilância de viajantes e tomará nova ações na medida em que a OMS alterar o seu nível de alerta".
A epidemia tem se alastrado em quatro países da África Ocidental: Serra Leoa, Guiné, Libéria e, por último, Nigéria.
De acordo com a Polícia Federal, cerca de 2 mil africanos, de 2008 até o ano passado, vieram para o Ceará, todavia, apenas de países como Guiné Bissau, Cabo Verde, Angola e Moçambique, o que afasta o risco de propagar o ebola no Estado.
Patrícia Holanda
Especial para o Cidade

http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/risco-de-infeccao-por-virus-ebola-e-minimo-1.1069072

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