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quarta-feira, 23 de abril de 2014

A quem cabe a honra?

Um dos maiores lugares-comuns do mundo do futebol diz que um clássico costuma trazer consigo o peso de um campeonato à parte. Nesta quarta-feira, além da importância inerente ao jogo de número 547 da história entre Ceará e Fortaleza, que começa às 22h, no Castelão, o embate vai definir, de fato, o campeão estadual de 2014.
Vai decidir também se o equilíbrio - pertencente a qualquer confronto entre gigantes que se preze - será traduzido em números. Isso porque o Tricolor, que não leva para o Pici a taça do Cearense desde 2010, quando conquistou seu até então inédito tetracampeonato, vê ameaçada sua hegemonia no Estado nos últimos dez anos. Significa dizer que o Ceará, que já tem no currículo dois tetras (1975-1978 e 1996-1999, sem contar o de 1915 a 1918, que viraria um penta em 1919, e foi homologado pelo Tribunal de Justiça Desportiva e permanece alvo de polêmicas) pode chegar a mais uma conquista quádrupla em sequência. 


Para isso, basta ao Alvinegro empatar a partida desta quarta-feira, uma vez que tem a melhor campanha - se somados o hexagonal e a fase semifinal - no campeonato, repetindo o resultado do primeiro confronto, disputado na última quarta-feira, que acabou em 0 a 0.
Reação alvinegra
Uma conquista do Vovô, hoje, pode ainda empatar uma série histórica nos últimos dez campeonatos. De 2005 a 2010, o Leão do Pici esteve absoluto no âmbito local, levando cinco de seis campeonatos. A história começou a mudar substancialmente a partir de 2011, quando os ventos da sorte (além dos da competência) passaram a soprar mais para os lados de Porangabuçu. De lá para cá, foram três títulos, que, somados ao de 2006, deixam no ar a possibilidade de ter igualada a disputa travada dos últimos dez Campeonato Cearenses.
Se for feito um recorte a cada dez anos, pegando-se a relação de campeões divulgada no site da Federação Cearense de Futebol (FCF), que começa a partir do ano de 1915, a maior hegemonia foi registrada pelo Ceará, que de 1975 a 1984 levou sete taças a Carlos de Alencar Pinto.
Volta ao Castelão
Hoje também será a primeira decisão concretizada entre os dois maiores times do Estado no Castelão, após a reforma para a Copa do Mundo deste ano. A última delas aconteceu em 2010.
Em 2011 (contra o Guarani de Juazeiro, na final do returno que valeu o título arrastão) e 2012 (diante do próprio Tricolor), as finalíssimas tiveram como palco o Presidente Vargas. Em 2013, o tri alvinegro se materializou no Castelão, mas diante do Guarany (S). Nas duas últimas decisões, a vantagem do empate definiu o campeonato.
Pery Negreiros
Editor

Copilado do Diário do Nordeste

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