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quinta-feira, 27 de março de 2014

Etanol sobe e tende a elevar preço da gasolina

A tensão sobre a Petrobras após as denúncias de excessos de gastos no exterior e o rebaixamento da nota de risco da estatal pela Standard and Poor's fizeram o mercado relembrar as declarações de Graça Foster, presidente da estatal, sobre um aumento no preço dos combustíveis em 2014, o que realmente deve acontecer na avaliação do assessor econômico do Sindicato dos Postos de Gasolina do Ceará (Sindipostos), Antonio José Costa.

"Aqui (no Estado), a gente tem problema com o preço do etanol, que teve um aumento de 35% de janeiro até agora. Isso, por cima, já deveria causar um reajuste de 10% na gasolina já de imediato, ou seja, podemos ter o litro da gasolina a R$ 3 a qualquer momento", alarma, apontando o combustível a base de cana-de-açúcar como principal tensor do preço da gasolina nas bombas - já que o etanol compõe em 25% a gasolina brasileira. Procurada para confirmar e, principalmente, saber do motivo de uma alta tão significativo no preço do etanol, a BR Distribuidora não respondeu às perguntas da reportagem até o fechamento desta edição.
Cenário drástico
De acordo com Antonio José, o motivo de o preço ainda não ter subido é a concorrência em Fortaleza, "que é muito competitiva e garante o preço baixo para segurar os clientes". Para ele, isso se deve à política do governo federal, o qual ele diz não ter compromisso com o caixa da Petrobras por ela ser uma empresa estatal e segurar a inflação a partir dos combustíveis". "Assim, não dá para prever nada porque a nossa política econômica é uma caixa preta", diz.
Nova majoração em outubro
Apesar das considerações, o assessor do Sindipostos considera possível ainda mais um aumento em 2014, logo após as eleições. No entanto, desta vez, o reajuste - para mais, como sempre - deve incidir na gasolina pura, ou seja, na fornecida pelas refinarias às distribuidoras. "Com isso, o litro (da gasolina) pode chegar a R$ 3,20 ainda este ano. Isso em Fortaleza, pois em outras capitais do Nordeste já está assim", estima. Para completar a análise sobre a política econômica do setor no Brasil a partir da atuação do governo federal, Antonio José diz que, se equiparados os preços praticados pela Petrobras aos do mercado internacional, o litro da gasolina vendida nas bombas poderia chegar a R$ 3,50 ou até R$ 3,70.

Copilado do Diário do Nordeste

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