Seja bem vindo...

Páginas

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Médico que não passar em exame de português voltará ao país de origem

Os médicos estrangeiros trazidos ao Brasil pelo governo federal para integrar o programa Mais Médicos podem ser devolvidos aos seus países de origem caso não passem na prova de língua portuguesa a que serão submetidos em três semanas, após o curso iniciado nesta segunda-feira (26).

As aulas vão das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. Duas horas diárias são dedicadas à língua portuguesa. Segundo Rodrigo Cariri, coordenador do curso, no último dia de aula os médicos terão de fazer prova oral e escrita. O exame é nacional e será aplicado nas oito cidades em que há aulas.


Curso terá carga horária de 120 horas. FOTO: DIVULGAÇÃO

"Vai ter uma avaliação da capacidade de comunicação em língua portuguesa, e pode ter gente que volte [por não passar no exame]", afirmou Cariri. De acordo com ele, os profissionais tinham, no momento da inscrição no programa, que responder se falavam português.

De acordo com o coordenador, os médicos também serão avaliados em atividades durante o curso.O Ministério da Saúde confirmou que, se o desempenho dos médicos ao final do curso não for satisfatório, eles podem ser desligados do programa.

Curso terá carga horária de 120 horas

Os 115 médicos estrangeiros que vieram para o Recife participarão de um curso de 120 horas. O conteúdo é o mesmo em todas as regiões do Brasil. Na primeira semana, o foco é a realidade brasileira, aspectos sociológicos, demográficos e políticos e o impacto que têm na situação atual do país.

Na manhã desta segunda, eles assistiram ao documentário "O Povo Brasileiro", baseado na obra de Darcy Ribeiro. "É preciso explicar como se consegue ter [no Brasil] Corola e Hilux e não consegue botar médico [em todas as cidades]", disse Cariri.

A segunda semana será dedicada a especificidades da saúde brasileira e protocolos de atendimento, como quais exames devem ser solicitados ao paciente na primeira consulta. A última semana será dedicada a temas ligados a ética e legislação médica brasileira.

Carteira profissional irá indicar os limites de atuação

A carteira profissional do médico formado no exterior e participante do programa Mais Médicos trará uma mensagem alertando que o profissional só pode atuar nos limites do programa.

O governo já havia afirmado que o médico que atua no programa e não tem o diploma revalidado não poderia ter um consultório privado paralelo nem dar plantões fora do programa. O alerta, porém, foi incluído nas regras por um decreto presidencial publicado no "Diário Oficial" da União desta segunda-feira (26)

"A carteira profissional do médico intercambista deverá conter mensagem expressa quanto à vedação ao exercício da medicina fora das atividades do projeto Mais Médicos para o Brasil", diz o novo trecho.

Outros detalhes do programa foram ajustados pelo decreto. Por exemplo, o que define que supervisores e tutores do programa podem ser representados, seja na Justiça ou não, pela AGU (Advocacia-Geral da União).

Recentemente, o CFM (Conselho Federal de Medicina) avisou que os supervisores do programa e os gestores públicos envolvidos poderiam ser co-responsabilizados por erros e atitudes indevidas praticados pelos médicos intercambistas.


Fonte: Folhapress







Nenhum comentário:

Postar um comentário