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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Ceará desponta como 3º em gastos no Nordeste

O Estado deve representar 17% de todo o mercado nordestino, ficando atrás apenas da Bahia e de Pernambuco

Com o terceiro maior mercado no segmento de beleza e cuidados pessoais, os negócios do setor no Brasil tem se mostrado uma possibilidade interessante para os empresários. Em levantamento deste ano, a Euromonitor International - empresa de pesquisa estratégica para mercados consumidores - apresenta o País atrás apenas dos Estados Unidos e do Japão em relação ao consumo desse tipo de produto.

Na pesquisa, 65% dos internautas do NE disseram usar perfume e 36% maquiagem
FOTO: RODRIGO CARVALHO

O cearense segue a tendência quando se fala de gastos com produtos de beleza. Estimativa divulgada pelo Ibope mostra que o Ceará deve ser o terceiro estado do Nordeste com maior consumo, com R$ 1,25 bilhão esperados para este ano - o que representa 17% de toda região - ficando atrás da Bahia (R$ 2,03 bi) e de Pernambuco (R$ 1,37 bi). Para o conjunto regional, é esperado que o volume alcance os R$ 7,55 bilhões e o consumo per capita seja de R$ 190 por ano. Já no Ceará, o consumo per capita deve ser de R$ 193,54.

Segundo o Ibope, o potencial refere-se apenas ao consumo domiciliar, ou seja, às compras de pessoa física junto a varejistas do ramo e inclui perfumes, colônias, maquiagem, cremes hidratantes e de tratamento, filtro solar, esmalte, desodorante, tinta para o cabelo, dentre outros.

Na pesquisa com internautas da região, foi identificado que 65% usam perfume, 47% utilizam produtos de cuidados com a pele e 36% usam maquiagem, enquanto 22% afirmaram não usar cosméticos. Dentre os locais de compra dos produtos de higiene pessoal, 69% vai em supermercados e 42% em farmácias. Só 15% dos internautas afirmaram que comprar esses produtos em lojas especializadas.

Produtos de beleza, cosméticos e perfumes são comprados em supermercados por 48% e em farmácias por 34%, mesmo percentual dos que compram em lojas especializadas. As vendas de porta em porta somam 15%. Os dados foram coletados com 11 mil pessoas entre fevereiro e junho deste ano.

Qualidade

O presidente da Associação dos Cabeleireiros do Estado do Ceará (Acec-CE), Gurgel do Amaral, destaca que os salões de beleza conseguem manter o diferencial por conta, também, dos produtos "tops", vendidos apenas para profissionais. "Algumas linhas não são vendidas no mercado, não têm na gôndola do supermercado, e têm outra qualidade. É o nosso trunfo", afirma.

Por isso, explica, lavar o cabelo no salão, com xampu de melhor qualidade, traz um resultado melhor. Porém, ele alerta que alguns conceitos e produtos do setor acabam sendo "impostos pela mídia", e que muita gente acaba comprando "gato por lebre", influenciada pela febre do momento. (GR)

Consumo per capita no País foi de US$ 215,5 em 2012

No quesito gastos com a beleza, o Brasil praticamente se equipara às grandes economias mundiais. Conforme a Euromonitor International, o consumo per capita no País, no ano passado, alcançou os US$ 215,5, quase o valor por habitante nos Estados Unidos (US$ 218,9 per capita).

Dentre os fatores que explicam a expansão do setor no País, a pesquisa aponta questões macroeconômicas, como o aumento do salário mínimo FOTO: KID JÚNIOR

O volume total de gastos, em 2012 no Brasil, ultrapassou os US$ 41,7 bilhões - enquanto nos Estados Unidos foram US$ 68,7 bilhões e no Japão de US$ 47,2 bilhões. Já em 2007, os gastos foram de US$ 22,3 bilhões no País, US$ 63,3 bilhões nos Estados Unidos e US$ 33,6 bilhões no Japão.

Dentre os fatores que explicam as expansão do setor no País, a pesquisa aponta questões macroeconômicas, como o aumento do salário mínimo, os programas de assistência social e o aumento da taxa de emprego - que favoreceram com o aumento da renda entre consumidores de "renda média emergente".

Os cuidados com os cabelos, conforme o relatório da Euromonitor, continuaram a liderar as vendas, sobretudo com a entrada de marcas profissionais. Para o futuro, é esperado que o foco em produtos para o público masculino tenha crescimento. Por outro lado, a categoria "banho" deve esperar um dos maiores declínios em termos de volume, por conta da queda nas vendas de sabonete em barra.

Ranking de empresas

Durante 2012, a Natura Cosméticos ficou no topo do ranking de vendas do setor no Brasil, conforme o levantamento, seguida pela Unilever Brasil e pela Procter Gamble do Brasil. A receita líquida da Natura, no ano passado, foi de R$ 6,35 bilhões, enquanto o Ebitda foi de R$ 1,51 bilhão e o lucro líquido de R$ 861 milhões, de acordo com informações divulgadas pela empresa.

"Podemos dizer que temos o Nordeste como região importante, já que é a maior consumidora da categoria perfumaria no Brasil, representando 42,5% de todo o mercado brasileiro. Na Região, a penetração da categoria é de 79,70% contra 52,50% nas demais", afirmou a Natura, em nota. O crescimento médio da empresa nos últimos quatro anos, informou, foi de 15,3%. Conforme a empresa, a Natura possui cinco marcas no topo do ranking nacional. (GR) 

Copilado do Diário do Nordeste

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