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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Sete em cada dez brasileiros não sabem quanto pagam de juros no cartão, diz SPC

Levantamento mostra que 72% dos brasileiros não sabem quanto pagam de juros no cartão de crédito, em caso de pagamento mínimo da fatura, afirma o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito).

A pesquisa, encomendada para analisar os comportamentos mais comuns na hora de usar as opções de crédito disponíveis no mercado, ouviu 604 pessoas nas capitais brasileiras.

Os resultados mostram que 77% dos consumidores usam cartão de crédito e possuem pelo menos um cartão. E embora a maioria saiba o quanto paga pela anuidade do cartão (79%), sete em dez não têm conhecimento do valor do juro cobrado pelo uso do crédito rotativo.

Para a economista Ana Paula Bastos, do SPC Brasil, o "estudo mostra que brasileiro demonstra interesse em saber o quanto que vai desembolsar para adquirir o cartão, mas ignora o valor de custos secundários como a multa paga por atrasar o pagamento da fatura ou o juro cobrado pelo uso do crédito rotativo".

O estudo aponta ainda para um aumento do número de pessoas que dividem os gastos em parcelas maiores. Segundo o SPC Brasil, em 2012 o percentual da população que parcelava as compras de móveis em mais de dez vezes era de 10%, enquanto este ano passou para 15%.

Já o percentual de quem dividia gastos com eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos em 2012 era de 11% e 10%, respectivamente. Este ano, saltou para 50% e 47% em cada caso.

Quem deixa de pagar a fatura integral pode arcar com uma taxa média de juros de 200% ao ano, alerta Ana Paula. Para a economista, os resultados mostram que os consumidores sabem a importância de fazer um planejamento orçamentário e de utilizar o crédito de maneira consciente.

"O que falta é um conhecimento técnico de como realizar esse planejamento. Ou seja: faltam noções mais aprofundadas sobre educação financeira, que muitas vezes não foram ensinadas em casa, nem nas escolas", afirma.

Segundo o SPC Brasil, em 41% dos casos, o descontrole financeiro é o principal motivo para a inclusão de dívidas em atraso nos serviços de proteção ao crédito. O estudo indica que 64% da população brasileira já esteve ou está com o nome incluído nesses cadastros.


Fonte: Folhapress

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