O
papa Francisco anunciou hoje (26) a instalação de uma comissão para analisar e
propor reformas para o Instituto de Obras da Religião, conhecido como Banco do
Vaticano, alvo de uma série de denúncias de corrupção.
O
papa Francisco assumiu o maior cargo da Igreja Católica depois da renúncia do
Papa Bento XVI. Foto: Dilvugação
As
denúncias vieram à baila no ano passado e ganharam força às vésperas da eleição
do sucessor de Bento XVI, em março.
A
comissão deverá ser comandada pelo cardeal Raffaele Farina, segundo comunicado
da Secretaria de Estado. A comissão será formada por cinco integrantes.
Além
do presidente Raffaele Farina, participarão o cardeal Jean-Louis Tauran, que
anunciou o nome do papa eleito em 13 de março quando Francisco foi escolhido; a
professora Mary Ann Glendon; e os padres Peter Bryan Wells e Juan Ignacio
Arrieta Ochoa de Chinchetru.
O
grupo deverá manter o sigilo das atividades, por determinação do papa. De
acordo com o comunicado, porém, o sigilo e várias restrições definidas pelo
ordenamento jurídico do instituto não poderão limitar o trabalho da comissão.
As
informações levantadas pelo grupo deverão ser transmitidas ao papa e, ao final
das atividades, será elaborado um relatório. O Instituto de Obras da Religião é
criticado pela falta de transparência.
Em
fevereiro, o advogado alemão Ernest von Freyberg foi nomeado novo presidente do
instituto, substituindo o italiano Ettore Gotti Tedeschi, que foi destituído do
cargo pelo conselho de supervisão da entidade devido a irregularidades.
"[O objetivo é] permitir que os princípios do Evangelho permeiem as
atividades de natureza econômica e financeira", diz o texto.
O
Instituto de Obras da Religião administra as contas dos religiosos e das
congregações, sendo alvo de suspeitas de lavagem de dinheiro e corrupção.
De
acordo com o comunicado, o papa orientou que sejam feitas reformas nas
instituições que dão apoio à Santa Sé, após ouvir “cardeais e outros irmãos do
Episcopado, assim como colaboradores".
A
comissão vai coletar informações sobre a situação jurídica e as atividades do
Instituto de Obras da Religião para permitir a “melhor harmonização”. No
período em que a comissão estiver atuando, o instituto seguirá as normas
vigentes.
Fonte:
Agência Brasil
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