A
presidenta Dilma Rousseff se reúne nesta sexta-feira (28) de manhã, no Palácio
do Planalto, com representantes de movimentos de jovens e também dos gays,
bissexuais, travestis e transexuais e lésbicas. Em discussão, as reivindicações
dos grupos e a onda de manifestações que atingiu o país nos últimos dias.
A
reunião ocorre no dia seguinte ao lançamento, pelo governo, do Sistema Nacional
de Promoção de Direitos e Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais (Sistema Nacional LGBT) e no momento em que
se debate o projeto sobre a "cura gay".
Apenas
em 2012, segundo dados sobre a violência homofóbica, foram analisadas situações
envolvendo 4,8 mil vítimas e 4,7 mil acusados e registrado aumento de 166% no
número de denúncias feitas e de 183% na quantidade de vítimas. O estudo é
organizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. No
ano passado, foram registradas 3.084 denúncias de violência contra
homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais e mais de 9,9 mil violações
de direitos relacionados ao grupo LGBT.
Durante
o lançamento do sistema, foi criado um comitê gestor de enfrentamento da
chamada LGBTfobia, o preconceito e a violência contra a diversidade de
orientação sexual e de identidade de gênero. O sistema será formado basicamente
por centros de promoção e defesa - com apoio psicológico, jurídico, entre
outros tipos de suporte - e por comitês de enfrentamento à discriminação e de
combate à violência.
Fim
da tramitação do projeto sobre a “cura gay”,
Na
cerimônia de lançamento, que ocorreu na quinta-feira (27), autoridades
defenderam o fim da tramitação do projeto sobre a “cura gay”, aprovado pela
Comissão de Direitos Humanos da Câmara. O projeto determina que psicólogos
atuem para reverter a orientação sexual dos pacientes. A ministra da Secretaria
de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse ser inaceitável que a
homossexualidade seja tratada como doença.
Na
reunião com os ativistas, Dilma também deve conversar sobre as manifestações
ocorridas no país desde a semana passada. A presidenta defende o direito de protestar,
mas condena a violência e os atos de vandalismo. Desde segunda-feira, ela
recebe representantes de movimentos sociais, de estudantes e entidades
sindicais em busca de medidas que visam a atender às demandas dos manifestantes
e ao fim dos protestos.
Fonte:
Agência Brasil
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