A taxa de desemprego passou de 11% em março para 11,3% em abril, nas sete regiões
analisadas pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), o total de
desempregados nessas regiões foi estimado em 2.491 mil pessoas, 52 mil a mais
do que no mês anterior.
O
nível de ocupação nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza,
Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal registrou retração
de 0,4% devido à eliminação de 80 mil postos de trabalho, número maior do que o
de pessoas que se retiraram do mercado (29 mil). O nível de ocupados nessas
sete regiões foi calculado em 19.557 mil e a População Economicamente Ativa em
22.047 mil.
Por
setores o nível de ocupação caiu na Indústria de Transformação (-98 mil postos
de trabalho o que equivale a -3,4%), e no Comércio e Reparação de Veículos
Automotores e Motocicletas (-47 mil empregos ou -1,2%). A quantidade de
ocupados manteve-se estável em Serviços (34 mil ou 0,3%) e na Construção (4 mil
ou 0,3%).
De
acordo com a PED, o número de assalariados registrou retração de 0,5%. A
quantidade de empregados com carteira assinada caiu 0,7% e sem registro em carteira
caiu 1,3%. Houve redução também de empregados domésticos (-1,4%) e aumento o
número de autônomos (0,6%).
O
rendimento médio dos ocupados registrou decréscimo de 0,4% em março e o dos
assalariados teve queda de 0,3%, chegando aos valores de R$ 1.583 e R$ 1.622,
respectivamente.
De
acordo com a técnica do Dieese, Ana Maria Belavenuto, apesar de a taxa de
ocupação ser negativa é promissora, pois é mais elevada do que a registrada em
março (-1,1%). Ela ressaltou o desempenho da indústria, que foi um dos
responsáveis pela queda no número de empregos.
"Temos
visto por um bom tempo o setor da indústria caindo e o setor de serviços e
comércio sustentando os empregos. Há indicativos da retomada da indústria ainda
para este ano, mas não sei em que patamar", disse.
Fonte:
Folhapress
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