A
Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, por consenso, uma resolução que
recomenda esforços para reduzir a obesidade no mundo até 2020. A resolução
estabelece um plano de ação contra as doenças não transmissíveis
(cardiovasculares, câncer, respiratórias crônicas e diabetes), por intermédio
do combate a uma série de fatores de risco, entre os quais a obesidade.
A
ideia é reduzir, em média, 30% do consumo de sal e aumentar em 20% as
atividades físicas.
FOTO: Agência Brasil.
A
estimativa da OMS é que há mais de 40 milhões de crianças, com menos de 5 anos,
com excesso de peso. Dados da Pesquisa de Orçamento Familiar do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, apontam que, em 2009, 21,7% dos
brasileiros na faixa de 10 a
19 anos estavam com excesso de peso. Em 1970, o índice estava em 3,7%.
No
Brasil, o Ministério da Saúde reduziu a idade mínima para a realização da
cirurgia bariátrica de 18 para 16 anos. Antes de fazer a cirurgia, os jovens
devem passar por uma avaliação clínica. No prontuário, deverão constar a
análise da idade óssea e avaliação criteriosa do risco benefício, feita por uma
equipe com participação de dois médicos especialistas.
A
idade máxima, até então 65 anos, também foi alterada. Com a portaria, a
definição se o paciente deve se submeter à cirurgia não será tomada com base na
idade, mas levando em conta a avaliação clínica (de risco e beneficio), podendo
ultrapassar o limite atualmente estabelecido.
Obesidade
mata 2,8 milhões de adultos anualmente
“A
luta contra a obesidade é uma prioridade, um dos fatores mais importantes para
combater as doenças não transmissíveis”, disse o diretor do Departamento de
Nutrição para a Saúde e o Desenvolvimento da OMS, Francesco Branca. Segundo
ele, o excesso de peso representa o quinto fator de risco de morte em nível
mundial, matando cerca de 2,8 milhões de adultos anualmente.
“A
aprovação do plano de ação é extremamente importante para lutar contra uma das
crises de saúde mais devastadoras do nosso tempo”, disse John Stewart, um dos
responsáveis pela organização não governamental (ONG) Corporate Accountability
International.
Para
os especialistas, é fundamental que os governos estimulem e facilitem o acesso
a frutas e legumes. Também há recomendações para incentivar as crianças à
alimentação saudável. As últimas projeções da OMS indicam que pelo menos um
adulto, em cada três, sofre com sobrepeso e que um, em cada dez, é obeso.
Fonte:
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário