Houston.
Um asteroide deve passar pela Terra nesta sexta-feira e ficar no máximo a 5,8
milhões de quilômetros daqui, o equivalente a uma distância de 15 vezes entre o
nosso planeta e a Lua. Apesar de não representar perigo, o 1998 QE2 pode ser um
objeto interessante de estudo, entre amanhã e o dia 9 de junho, para os
astrônomos que tiverem um telescópio de radar de pelo menos 70 metros de comprimento.
Esse corpo celeste tem 2,7
quilômetros de diâmetro, o tamanho de nove navios
transatlânticos Queen Elizabeth 2.
A
aproximação máxima do asteroide será às 17h59 (horário de Brasília) desta
sexta. Esse será o ponto que ele chegará mais perto de nós pelos próximos dois
séculos, pelo menos. Esse objeto foi descoberto em 19 de agosto de 1998, pelo
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
O
cientista Lance Benner, do Laboratório de Propulsão a Jato da agência espacial
americana (Nasa), diz que espera obter uma série de imagens de alta resolução
do 1998 QE2, o que pode revelar detalhes sobre ele. "Sempre que um
asteroide se aproxima, ele fornece uma importante oportunidade científica para
estudá-lo e entender seu tamanho, forma, rotação, características da superfície
e origem".
A
Nasa estabeleceu como alta prioridade o monitoramento de asteroides e cometas,
e os EUA têm o maior programa de levantamento de objetos próximos à Terra do
mundo - uma parceria entre agências governamentais, astrônomos de universidades
e institutos de ciência.
Até
hoje, o país já identificou mais de 98% do total desses corpos conhecidos. E só
no ano passado, o orçamento da Nasa para esse fim aumentou de R$ 12 milhões
para R$ 40 milhões. Em 2016,
a Nasa planeja lançar uma sonda em direção ao asteroide
potencialmente mais perigoso de que se tem notícia, chamado 1999 RQ36, ou
101955 Bennu. A missão Osiris-Rex também planeja fazer reconhecimentos em todos
os objetos ameaçadores recém-descobertos.
Copilado
do Diário do Nordeste
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