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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Desonerações: Pescado deve ser um dos 40 beneficiados por MP


Entidades que reúnem setor produtivo e de beneficiamento de pescado no Ceará ainda estão fazendo as contas para saber se mudanças terão realmente impacto positivo sobre os custos das empresas e se irão gerar empregos A Medida Provisória 582/12, que desonera a folha de pagamento de 40 setores da economia brasileira, ainda é uma incógnita para alguns setores que poderão ser afetados pela mudança nos encargos. No Ceará, setores como o de beneficiamento de pescado e de produção de camarão, por exemplo, ainda estão fazendo os cálculos para saber se a mudança de 20% sobre a folha de pagamento para 1% do faturamento compensará.


O Sindicato das Indústrias de Frios do Ceará (Sindifrios), que reúne 15 frigoríficos que beneficiam peixes, lagostas e camarão e empregam 8 mil pessoas, marcou uma reunião para a próxima segunda-feira (25) para avaliar se a mudança será benéfica para o setor. “Acredito que a mudança irá repercutir mais positivamente junto as empresas prestadoras de serviço, como os frigoríficos que processam o pescado”, afirma Paulo Gonçalves, primeiro secretário do Sindifrios.

Mão de obraHoje, segundo Paulo Gonçalves, a demanda por mão de obra é alta na indústria por causa do crescimento da atividade de carcinicultura (criação de camarão em cativeiro), e tudo o que venha a desonerar a folha de pagamento é extremamente interessante e poderá representar um aumento de, pelo menos, 10% no número de postos de trabalho na indústria. “Para nós, produtores, é muito pesada a carga tributária em cima do setor, mas ainda não podemos afirmar que tais medidas serão benéficas”. Hoje, a capacidade de processamento e produção de camarão dos frigoríficos cearenses é de 280 toneladas/dia, mas não é utilizada nem um quarto dessa capacidade. “Há 10 anos, 100% do camarão cearense era industrializado e exportado. Atualmente, são apenas 10%. O restante é vendido in natura no mercado local ou vendido para as indústrias do sul do país”.

Por região

Gonçalves afirma que será preciso fazer um cálculo para cada região para medir o impacto pelo País. No caso do setor de comercialização e exportação de lagosta, o faturamento é alto. “O Ceará é o maior exportador do Brasil, algo em torno de US$ 50 milhões/ano. Se a contribuição mudar, isso representará o pagamento de US$ 500 mil em encargos. E estamos falando apenas de um produto”, cita.

(Rebecca Fontes)  

O quê 

ENTENDA A NOTÍCIA
Câmara dos Deputados aprovou na quarta (20) MP que amplia a desoneração da folha de pagamentos de mais 40 setores da economia. Em troca dos 20% sobre a folha, empresas pagariam 1% sobre faturamento.  

SERVIÇO 

Acompanhe a tramitação da MP 582/12

Onde: http://bit.ly/138NotD

Fonte: O POVO Online

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