A Secretaria da Saúde do
Estado (Sesa) está mobilizando os municípios para a intensificação da vacinação
contra a hepatite B, principalmente na população com idade até 24 anos.
A
mobilização marca o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, neste sábado
(28). Juntamente com o Ministério da Saúde, a Sesa está intensificando a
divulgação da vacinação para conseguir ampla participação e adesão dos jovens e
adolescentes, com o objetivo de atingir a meta de 95% de cobertura em todos os
municípios.
A vacina contra hepatite faz parte da rotina de imunização. Está
disponível em todas as unidades básicas de saúde e postos de vacinação dos
municípios.
O alerta maior é para a
população de 20 a 24 anos, que tem apresentado baixas coberturas vacinais. No
Ceará, a população dessa faixa etária teve cobertura de 9,3% em 2010, com
72.365 doses aplicadas, e 10,7% em 2011, com 79.665 doses aplicadas.
Para
completar o esquema de imunização, são aplicadas três doses e, neste ano, a
Secretaria aproveitou a Campanha de Vacinação contra a Gripe, de 5 de maio a 1º
de junho, para aplicação da primeira dose, e a campanha de vacinação contra a
pólio, de 16 de junho a 6 de julho, para aplicação da segunda dose.
A terceira
dose será aplicada a partir de 24 de novembro. Todas as pessoas com idade até
29 anos devem comparecer ao posto de saúde com o cartão de vacinação atualizado
para se vacinar contra a hepatite B, mesmo que não tenha tomado nenhuma dose da
vacina.
A maioria dos casos de
hepatite B não apresenta sintomas. Mas, os mais frequentes são cansaço,
tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados,
urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de um a seis meses
após a infecção. Como as hepatites virais são doenças silenciosas, consulte
regularmente um médico e faça o teste. O diagnóstico da hepatite B é feito por
meio de exame de sangue específico. Após o resultado positivo, o médico
indicará o tratamento adequado. Além dos medicamentos (quando necessários),
indica-se corte no consumo de bebidas alcoólicas pelo período mínimo de seis
meses e remédios para aliviar sintomas como vômito e febre.
Prevenção
Evitar a doença é muito
fácil. Basta tomar as três doses da vacina, usar camisinha em todas as relações
sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e
depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para
uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. O preservativo
está disponível na rede pública de saúde.
Além disso, toda mulher
grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar a hepatites, a aids
e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para
filho. Em caso positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas,
inclusive sobre o tipo de parto e amamentação.
Vacina
O Sistema Único de Saúde
(SUS) disponibiliza gratuitamente vacina contra a hepatite B em qualquer posto
de saúde dos municípios para os seguintes grupos:
- População em geral com
idade até 29 anos.
- Profissionais das
seguintes áreas: bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários;
profissionais envolvidos em atividade de resgate; carcereiros de delegacias e
penitenciárias; profissionais de saúde; manicures, pedicures e podólogos;
profissionais do sexo; coletadores de lixo hospitalar e domiciliar; e
caminhoneiros.
- Populações em situação de
vulnerabilidade, como gestantes (após o primeiro trimestre de gravidez);
populações indígenas; usuários de drogas injetáveis e inaláveis; lésbicas,
bissexuais e transgêneros; homens que fazem sexo com homens; vítimas de abuso
sexual; vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente
suspeito de infecção pelo vírus da hepatite B; pessoas reclusas (populações de
presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, Forças Armadas
etc.); pessoas em convívio domiciliar contínuo ou que mantêm relações sexuais
com portadores do vírus da hepatite B; doadores de sangue; transplantados de
órgãos sólidos ou de medula óssea; doadores de órgãos sólidos ou de medula
óssea; potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou pessoas que
já realizaram mais de uma transfusão de sangue; populações de assentamentos e
acampamentos.
- Pessoas com as seguintes
doenças: fibrose cística (mucoviscidose); doença autoimune; doenças sexualmente
transmissíveis (DST); doenças do sangue; hemofilia; hepatopatias crônicas;
hepatite C; imunodeprimidos; nefropatias crônicas/dialisados/síndrome
nefrótica; asplenia anatômica (ausência de baço) ou funcional e doenças
relacionadas.
Fonte: Assessoria de
Imprensa da Sesa
Selma Oliveira / Marcus Sá
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