A seleção brasileira
masculina de basquete teve uma atuação abaixo do esperado e sofreu com a falta
de inspiração no ataque, mas conseguiu a segunda vitória em dois jogos na
Olimpíada de Londres.
A equipe comandada pelo argentino Rubén Magnano
recuperou-se de um primeiro período terrível, em que marcou apenas quatro
pontos, para vencer a anfitriã Grã-Bretanha por 67 a 62, nesta terça-feira
(31).
Apesar do mau desempenho, o
triunfo foi fundamental para o Brasil cumprir o objetivo de se classificar
entre os três primeiros colocados do Grupo B e fugir de um provável cruzamento
com os Estados Unidos nas quartas de final. A equipe fechou a segunda rodada
justamente na terceira posição, atrás de Rússia e Espanha, as outras únicas
seleções que mantiveram 100% de aproveitamento.
O destaque brasileiro nesta
terça foi o pivô Thiago Splitter, com 21 pontos, seguido de Marcelinho Huertas,
com 11. Pela Grã-Bretanha, o melhor em quadra foi Nate Reiking, com 13 pontos.
A decepção ficou por conta do ala Luol Deng, do Chicago Bulls, que terminou com
12 pontos e um aproveitamento de apenas 50% nos lances livres - errou quatro de
oito arremessos.
A torcida que compareceu ao
Basketball Arena assistiu a um primeiro período para ser esquecido, com um
total de apenas 15 pontos marcados.
O Brasil até se portou bem na defesa, mas
esteve irreconhecível no ataque e não conseguiu uma única jogada de
infiltração. Os jogadores tentavam a todo custo o chute de três pontos, mas o
índice de eficiência foi nulo: dez tentativas e nenhum acerto. Os anfitriões
também ficaram longe de um desempenho razoável, mas abriram vantagem de sete
pontos: 11 a 4.
Após uma bronca de Magnano,
no segundo período finalmente os brasileiros começaram a articular jogadas no
garrafão e em contra-ataques. O jogo de Huertas apareceu, a equipe ganhou
volume e tirou a desvantagem no minuto final, empatando em 27 a 27. O
aproveitamento nos chutes de três, no entanto, continuou precário: uma cesta em
13 tentativas.
O Brasil voltou para o
segundo tempo com um garrafão mais alto e forte, com Nenê e Thiago Splitter.
Mas o time voltou a sofrer com a sina de desperdícios. Alex e Marquinhos
erraram uma enterrada cada e Splitter mostrou sua tradicional ineficiência nos
lances livres (um ponto em seis arremessos no terceiro período). Nenê também
foi pouco acionado no ataque, apesar da boa atuação defensiva, com três tocos.
Sorte dos brasileiros que os anfitriões acompanharam a sucessão de falhas e
ficaram vários minutos sem pontuar. Assim, o time de Magnano terminou o
terceiro período com 48 a 43 no placar.
Mas a emoção estava longe do
fim. A vantagem brasileira caiu por terra em pouco mais de dois minutos no
quarto período. As bolas de três pontos britânicas começaram a cair - quatro
sucessos em quatro arremessos seguidos - e os donos da casa viraram a partida.
O Brasil continuou a falhar muito no ataque, mas conseguiu reagir e abriu
quatro pontos de diferença num chute de três de Marquinhos, a dois minutos e
meio do fim. Uma roubada de bola de Marcelinho Huertas, seguida de assistência
para enterrada de Nenê, finalmente deu tranquilidade à equipe, que fechou o
jogo em 67 a 62.
As duas equipes voltam à
quadra na quinta-feira. O Brasil encara a Rússia, às 12h45 (de Brasília), enquanto
que a Grã-Bretanha enfrenta a Espanha.
Foto: Reuters
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