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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Armadilha coleta larvas e ovos do Aedes Aegypti


Crato. Uma armadilha que auxilia no controle dos casos de dengue foi elaborada e já está sendo implantada em algumas residências do município de Crato. O equipamento que foi criado pelo biólogo cratense, Roque Morais Brito Filho, tem a meta de ser instalado em todos os 28 municípios que compõem a macro região do Cariri.

O processo de fabricação das armadilhas é simples, visa apenas uma "parceria" entre o mosquito Aedes Aegypti com o material de controle. Por meio da ovo posição, o inseto coloca sua produção no equipamento e, então, as larvas são eliminadas após um período de sete dias.

Lançamento

O projeto da Estação Coletora de Larvas e Ovos do Aedes Aegypti (Ecloa) foi lançado ainda em 2005. A armadilha é composta de garrafas PET, pvc, tinta para piso preta, areia e pó de madeira. Para a montagem do equipamento, a garrafa é seccionada horizontalmente na parte superior, onde o cone cortado é invertido para o interior do cilindro, a fixação é feita com ilhós.

Já na tampa, há um dispositivo com uma abertura milimetricamente calculada, que serve para que as larvas desçam até a água que fica armazenada na parte maior da garrafa. Pronta, as armadilhas são agrupadas em engradados plásticos. A inovação no controle a difusão do mosquito serve para centralizar as larvas, facilitando a sua reprodução do mosquito, que será eliminado pelos usuários do sistema, em cinco ciclos semanais.

Vetores

De acordo com o biólogo, a vida média de uma fêmea do mosquito da dengue é de 30 dias. Com a eliminação da água existente no reservatório, a produção dos vetores adultos também é extinta. Nas armadilhas, o mosquito é atraído pela luz da evaporação da água que ocorre na parte superior. Este é o indicador da existência do líquido limpo e também parado.

Cada engradado plástico contém 15 unidades de coletoras de larvas e ovos do mosquito. Elas são armadas juntas, para que a fêmea tenha o poder de dispersão em um só local. Com isso, toda a produção das larvas é capturada. De acordo com o inventor do projeto, nos locais onde as armadilhas são implantadas, o combate ao mosquito não necessita da utilização de outros métodos, como os venenos, larvicidas e adulticidas.

Diagnóstico

Inicialmente, a proposta do inventor das armadilhas foi diagnosticar os principais focos do mosquito, como forma de fiscalização da existência do Aedes Aegypti e dos perigos que ele pode representar para a saúde do homem. No entanto, devido a ausência de parcerias com as secretarias de saúde municipais, o Projeto Ecloa ainda não foi implantado amplamente nas cidades.

Atualmente, a implantação das armadilhas está sendo realizada por meio de solicitações dos moradores das zonas onde ocorrem altos índices da dengue. A entrega do equipamento é feita pelo biólogo, que já fabricou mais de cinco mil delas.

Eficácia

A eficácia do projeto foi tão representativa que tomou proporção nacional. O Ecloa foi largamente implantado na cidade de Serra, no Estado do Espírito Santo. Lá, Roque Morais repassou a técnica de fabricação das armadilhas por meio de oficinas, ministradas aos funcionários do Centro de Zoonoses local. Na ocasião, foram confeccionadas 15 mil armadilhas. Para o inventor do projeto, o sistema ainda não foi aceito em todo o País, devido aos grandes lobs das multinacionais que vendem os venenos de combate ao vetor. Em cada engradado plástico, o investimento é de apenas R$ 50.

Conforme Roque, para monitorar as ações são necessários apenas agentes de endemias capacitados. Ele explica que além de ser ecologicamente correto, o Ecloa não tem alto custo para os cofres públicos e nem causa danos a população que o utiliza.

Mais informações:

Projeto da Estação Coletora de Larvas e Ovos do Aedes Aegypti
Endereço: Sítio Juá- KM 34
Distrito de Ponta da Serra- Crato
Telefone: (88) 3521.9130

Custo

50 reais é o valor do investimento em cada engradado plástico. A eficácia do projeto foi tão representativa que tomou proporção nacional

YAÇANA NEPONUCENA
REPÓRTER
Copilado do Diário do Nordeste

Biólogo Roque Morais Brito Filho foi quem criou o projeto. A armadilha possui garrafas PET, pvc, tinta para piso, areia e pó de madeira FOTO: YAÇANA NEPONUCENA

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