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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Dilma quer melhorias na qualidade da telefonia


Meta para investimento das empresas precisa ser ampliada no País. A média é R$ 17 bi por ano. Ideal seria R$ 24 bi
Brasília. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse ser cobrado "muito fortemente" pela presidente Dilma Rousseff para cuidar do desenvolvimento do setor de telefonia e, principalmente, da melhoria na qualidade dos serviços prestados pelas operadoras. Segundo o ministro, a meta para o investimento das empresas precisa ser ampliada no país. Atualmente a média fica em R$ 17 bilhões por ano, enquanto o patamar ideal seria entre R$ 24 bi e R$ 25 bilhões.
"No ano passado o investimento foi de R$ 21,7 bilhões, acima dessa média. Sendo o recorde em 2001, que devido a uma antecipação de metas da empresas, esse valor chegou a R$ 23 bilhões", disse. Paulo Bernardo salientou que todos os investimentos feitos no setor trarão retorno para as companhias, uma vez que a busca pelos serviços, principalmente pela banda larga fixa, tem crescido rapidamente.
O governo pretende adotar medidas para desonerar esses investimentos e facilitar o cumprimento de metas pelas empresas de telefonia. "Exigimos, mas damos condições barateando o investimento. Existe um déficit de planejamento pelas empresas e até pelo governo, porque medidas como o compartilhamento de rede e a exigência de melhor qualidade já poderiam ter sido votadas pela Anatel", completou. O ministro está sendo ouvido em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara dos Deputados.
Valor da assinatura
Conforme Paulo Bernardo, o governo pretende reduzir o valor da assinatura básica do serviço de telefonia fixa e diminuir a tarifa de interconexão. A mudança será gradativa, mas deve começar em 2014. "O ideal seria que o consumidor fosse cobrado pelo que usasse. Liga, conversa e paga. Sei que há resistência das concessionárias, mas isso está levando o setor a perder competitividade. Ninguém quer começar uma conversa pagando cerca de R$ 40", afirmou. O governo também pretende reduzir a tarifa de interconexão, cobrada cada vez que o cliente faz uma ligação de um telefone celular para um fixo ou entre operadoras diferentes.
Multa convertida
Pelo menos R$ 6 bilhões em multas aplicadas ao setor de telefonia devem esgotar prazos e possibilidades de recursos na Justiça até 2014, de acordo com o ministro das comunicações, Paulo Bernardo. Apenas este ano, o montante que o governo deve receber das operadoras chega a R$ 400 milhões.
Diante do curto prazo para iniciar os pagamentos, as empresas tentam negociar com o governo a possibilidade de converter essas dívidas em investimentos, como na melhoria da infraestrutura, por exemplo. De acordo com o ministro, há um estudo sendo feito para avaliar as possibilidades de direcionar esses pagamentos para melhor atender aos interesses do governo, das operadoras e dos cidadãos.
Audiência
Segundo João Rezende, presidente da Anatel, a proposta também deve passar por processo de audiência pública. "Não decidimos quais serão as multas, desde quando, se serão as de primeira instância, as transitadas e julgadas, nada disso", disse.
Em negociação
6 bi de reais é o valor de multas aplicadas ao setor de telefonia, que devem ter prazos e possibilidades de recursos na Justiça esgotado até 2014
Copilado do Diário do Nordeste

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