A Comissão Parlamentar Mista
de Inquérito (CPMI) do Cachoeira aprovou nesta quarta-feira (30), por
unanimidade, a quebra dos sigilos bancários, fiscal e telefônicos do senador
Demóstenes Torres (sem partido-GO). Além desses sigilos, que são previstos pela
Constituição Federal, a comissão também aprovou a abertura dos sigilos das
mensagens de e-mail e via telefone, do senador, nos últimos 10 anos.
Demóstenes é investigado
pelo seu envolvimento com o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos,
conhecido como Carlinhos Cachoeira, investigado pela Polícia Federal sob a
suspeita de comandar uma organização criminosa envolvendo políticos e empresas,
além de exploração de jogos ilegais.
Na terça-feira (29), em
depoimento ao Conselho de Ética do Senado, Demóstenes confirmou sua ligação com
Cachoeira, mas negou ter recebido dinheiro do empresário e disse não ter
ciência do envolvimento de Cachoeira com atividades ilícitas.
O depoimento de Demóstenes
na CPMI está previsto para quinta-feira (31). No entanto, seu advogado, Antônio
Carlos de Almeida Castro, informou que apresentará um pedido para que ele possa
não comparecer.
Além das quebras de sigilo,
a comissão aprovou um pedido a ser encaminhado ao Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf) de detalhamento das operações bancárias
realizadas pelo senador, consideradas atípicas.
A comissão também aprovou
nesta quarta, por unanimidade, a quebra dos sigilos bancário, fiscal e
telefônico de 14 empresas suspeitas de integrarem a suposta organização
criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira. Entre as empresas estão
construtoras, prestadoras de serviços de comunicação, empresas de diversões, de
exportação e importações, além de duas emissoras de rádio do estado de Goiás e
uma emissora de TV.
Fonte: Agência Brasil
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