Barraca de praia isola
locais onde os animais depositam os ovos e ajudam os filhotes a saírem da areia
Em 30 anos de existência, a
barraca de praia Itapariká, localizada na Praia do Futuro, já acompanhou e
ajudou no nascimento de cerca de 100 ninhadas de ovos de tartarugas. Somente
nesta última semana, os barraqueiros auxiliaram a ida ao mar de mais de 60 filhotes.
"Sempre que estamos na
época da desova, ficamos atentos para localizar onde os animais depositaram os
ovos.
Depois, fazemos o isolamento da área, mesmo que nesse local não possamos
mais colocar uma barraca", disse o proprietário da Itapariká, Milton
Aguiar Ramos. Após escavação, funcionários colocam as tartaruguinhas em
um recipiente e as levam para o mar. Nesta semana, 60 filhotes foram auxiliados.
Segundo ele, quando os ovos
eclodem, os funcionários ajudam os filhotes a sair da areia, fazendo uma
escavação bastante cuidadosa.
Depois disso, as
tartaruguinhas são colocadas em um recipiente onde podem ficar seguras. Os
barraqueiros adentram ao mar em uma embarcação de pequeno porte e liberam os
animais após a rebentação.
"Fazemos tudo isso de
acordo com as informações que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nos passou", afirma Ramos.
Ninhos
Ele acrescenta que 100% das
tartaruguinhas que nascem nos ninhos, feitos na área da barraca, sobrevivem à
desova e são libertadas no mar. "As grandes dificuldades dos filhotes é
passar da rebentação e também encontrar o caminho do mar. Os vigias da noite já
encontraram tartarugas indo em direção à via pública", frisou.
Segundo o Projeto Tamar,
quando vão pôr os ovos, as tartarugas saem do mar, durante à noite, à procura
de areia seca. Depois, elas fazem um buraco para o ninho.
Após a postura, a fêmea
volta para o mar. O calor é responsável pelo desenvolvimento dos embriões
dentro dos ovos.
Os filhotes rompem os ovos e
nascem após um período de incubação que varia entre 45 e 60 dias, dependendo do
calor do sol. Em movimentos sincronizados, os filhotes emergem em conjunto,
retirando a areia, até alcançarem a superfície do ninho e correrem, imediatamente,
em grupo para o mar.
A saída do ninho ocorre
quase sempre à noite. Nessa hora, são menores as chances de serem atacados por
predadores.
Copilado do Diário do
Nordeste
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