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sábado, 26 de maio de 2012

Ação ajuda tartarugas a encontrarem o mar


Barraca de praia isola locais onde os animais depositam os ovos e ajudam os filhotes a saírem da areia
Em 30 anos de existência, a barraca de praia Itapariká, localizada na Praia do Futuro, já acompanhou e ajudou no nascimento de cerca de 100 ninhadas de ovos de tartarugas. Somente nesta última semana, os barraqueiros auxiliaram a ida ao mar de mais de 60 filhotes.
"Sempre que estamos na época da desova, ficamos atentos para localizar onde os animais depositaram os ovos.
Depois, fazemos o isolamento da área, mesmo que nesse local não possamos mais colocar uma barraca", disse o proprietário da Itapariká, Milton Aguiar Ramos. Após escavação, funcionários colocam as tartaruguinhas em um recipiente e as levam para o mar. Nesta semana, 60 filhotes foram auxiliados.
Segundo ele, quando os ovos eclodem, os funcionários ajudam os filhotes a sair da areia, fazendo uma escavação bastante cuidadosa.
Depois disso, as tartaruguinhas são colocadas em um recipiente onde podem ficar seguras. Os barraqueiros adentram ao mar em uma embarcação de pequeno porte e liberam os animais após a rebentação.
"Fazemos tudo isso de acordo com as informações que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nos passou", afirma Ramos.
Ninhos
Ele acrescenta que 100% das tartaruguinhas que nascem nos ninhos, feitos na área da barraca, sobrevivem à desova e são libertadas no mar. "As grandes dificuldades dos filhotes é passar da rebentação e também encontrar o caminho do mar. Os vigias da noite já encontraram tartarugas indo em direção à via pública", frisou.
Segundo o Projeto Tamar, quando vão pôr os ovos, as tartarugas saem do mar, durante à noite, à procura de areia seca. Depois, elas fazem um buraco para o ninho.
Após a postura, a fêmea volta para o mar. O calor é responsável pelo desenvolvimento dos embriões dentro dos ovos.
Os filhotes rompem os ovos e nascem após um período de incubação que varia entre 45 e 60 dias, dependendo do calor do sol. Em movimentos sincronizados, os filhotes emergem em conjunto, retirando a areia, até alcançarem a superfície do ninho e correrem, imediatamente, em grupo para o mar.
A saída do ninho ocorre quase sempre à noite. Nessa hora, são menores as chances de serem atacados por predadores.
Copilado do Diário do Nordeste

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