Seja bem vindo...

Páginas

domingo, 29 de abril de 2012

Quase 1/3 ainda não conquistou carteira assinada


Condição coloca o Estado como o quinto do Brasil com maior quantitativo de pessoas nessa situação
Outro dado que chama a atenção quando se analisa o perfil do trabalho, do rendimento e ocupações no contexto da economia estadual é com relação à categoria do emprego no trabalho principal e da posição na ocupação.
De acordo com o documento elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), com base no Censo de 2010 do IBGE, dos cerca de 2,12 milhões de pessoas empregadas no Estado - 63% dos indivíduos com dez anos ou mais de idade com algum tipo de ocupação -, enquanto 31,2% (1,05 milhão) possuem carteira assinada, proporção bem próxima (28% ou 925,7 mil pessoas), não têm a carteira de trabalho carimbada pelo empregador.

Maior índice nacional
No contexto da região, o Ceará está na sexta posição entre os estados com maior percentual de trabalhadores com carteira assinada, mas, por outro lado, é o quinto do País no quantitativo de pessoas sem o documento de trabalho assinado, liderando ainda com o maior índice (27,6%) de empregados nessa condição em todo o território nacional.
Nordeste
Na verdade, comparando-se todos os estados nordestinos, o índice de trabalhadores com carteira assinada varia entre 20%, como no caso do Maranhão, a até 37%, a exemplo do Estado do Rio Grande do Norte.
Na outra ponta, estão os estados da região Sudeste, com índices superiores a 45%. Em São Paulo, por exemplo, a proporção de trabalhadores com a carteira de trabalho assinada alcança a casa dos 58%. Já a média nacional é de 44,5%.
Ao mesmo tempo, o percentual de empregados sem esse documento assinado entre os estados do Sudeste varia entre 13,8% e no máximo 18,8%.
Enquanto a média nacional é de 26,5%, puxada pelos resultados apresentados pelas unidades da federação localizadas no Nordeste do Brasil.
Causas estruturais
De acordo com o coordenador da pesquisa do Ipece, Daniel Cirilo Suliano, a explicação tem causas estruturais, aliada ao alto custo que ainda se tem para empregar no Brasil.
"O custo para empregar no País ainda é muito alto. A legislação não ajuda a tirar da informalidade esses trabalhadores sem registro, trazendo-os para a formalidade, argumenta. "Falta flexibilização e para reverter isso seria necessária uma reforma estrutural", afirma.
Conforme o estudo do Ipece, de uma população de aproximadamente 7,11 milhões de pessoas, em 2010 no Ceará, em torno de 3,64 milhões (somente 51%) estavam em idade ativa para o trabalho. (ADJ)
No País
26,5% é a média nacional de trabalhadores sem a carteira de trabalho assinada, inferior à apresentada pelo Ceará
18,8% é o índice máximo entre os estados do Sudeste com empregados sem o documento de trabalho carimbado pelo patrão
Copilado do Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário