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terça-feira, 24 de abril de 2012

Cientista brasileiro cria DNAs artificiais e pode revolucionar Medicina e Astrobiologia mundial


Essa é para encher de orgulho qualquer brasileiro. O bioquímico Vítor Pinheiro, de 34 anos, é o autor de uma técnica revolucionária que desenvolveu os primeiros DNAs artificiais, denominados de XNAs.

Na natureza o DNA (ácido desoxirribonucléico) e o seu parente químico, o RNA (ácido ribonucléico), estão por trás da transmissão de informações genéticas e a ausência ou a presença dessas moléculas gigantes (também chamadas de polímeros) era praticamente usada para diferenciar os seres vivos de todos os outros elementos, substâncias e materiais.


Mas com o êxito da pesquisa que o paulistano realizou em parceria com cientistas da Universidade Cambridge, no Reino Unido, uma nova fronteira está sendo aberta tanto na busca pela cura de doenças como também na astrobiologia, a pesquisa sobre formas de vida extraterrestre.  Até o momento a equipe conseguiu criar seis tipos diferentes de “XNA” e aptâmeros (pequenas moléculas capazes de se ligar e bloquear outras) a partir deles.

O feito da técnica anglo-brasileira incluiu não só a construção química do XNA, mas também que o composto artificial conseguisse transferir informação para um DNA tradicional, de modo similar ao que o RNA de vírus faz quando invade o código genético de seu hospedeiro.  “Até agora, parecia que apenas DNA e RNA podiam guardar informação genética. Se a gente mostra que outro tipo de polímero é capaz de fazer isso, o DNA e o RNA deixam de ser especiais”, explica Pinheiro.

Consequências para Medicina e Astrobiologia

Uma das maiores consequências da descoberta é ampliar as possibilidades de descoberta de vida extraterrestre ou mesmo de formas de vida exóticas em nosso próprio planeta, já que a técnica mostra que outros tipos de compostos químicos podem se reproduzir.  Outra grande consequência é a possibilidade de se criar medicamentos mais eficazes e que apresentem menos rejeição do organismo.

Para conseguir essa proeza, Pinheiro e seus colegas, trocaram a molécula de açúcar de uma DNA tradicional, que possuem cinco átomos de carbono e substituiu por moléculas diferentes compostas por quatro, cinco ou seus átomos de carbono. DNAs, RNAs e XNAs são formados por três tipos de submoléculas: açúcares, fosfatos e bases nitrogenadas.

A outra engenharia do processo foi descobrir polimerases nos DNAs que pudessem se comunicar com os XNAs e com isso estava completo o ciclo de criação dos novos compostos genéticos artificiais. O estudo será publicado na tradicional revista científica Science.

Tags: açúcares, aptâmeros, bases nitrogenadas, DNA, fosfatos, polimerases, RNA, XNA
Copilado do Diário do Nordeste

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