Método
minimamente invasivo tem baixo índice de mortalidade em relação às operações
tradicionais
Uma
nova técnica de cirurgia cardíaca minimamente invasiva, realizada por
videocirurgia, foi levada a Recife (PE) por equipe médica cearense liderada
pelo cirurgião Josué Viana de Castro Neto, único médico do Norte e Nordeste
especialista no procedimento. O grupo viajou para capacitar profissionais da
capital pernambucana.
Segundo
o Ministério da Saúde, as doenças cardíacas ainda são as principais causas de
morte no Brasil, com uma taxa anual de 29% dos óbitos. Assim, o avanço de novos
métodos minimamente invasivos podem ser uma solução para o aumento da sobrevida
dos pacientes.
A
videocirurgia cardíaca é indicada, principalmente, nos casos de doenças do
pericárdio, cardiopatia das valvas mitral e aórtica (do lado esquerdo do
coração) ou a tricúspide (do lado direito), defeito no septo atrial, que divide
os dois lados do coração, e em alguns tipos de tumores no coração. O
procedimento dura entre 3h30 e 4h, em média.
A
operação é feita a partir de uma pequena incisão de três a quatro centímetros
no lado direito do tórax. Os instrumentos cirúrgicos são colocados no espaço
entre as costelas, e a câmera é introduzida por outro pequeno orifício, perto
da axila direita do paciente.
"Entre
as principais vantagens do procedimento, se comparado ao tradicional, estão o
baixo índice de mortalidade, além da rápida recuperação do paciente",
afirma Josué de Castro Neto, que utiliza a técnica desde 2007.
Em
Recife, a equipe médica usou a nova prática para trocar a valvar mitral de um
paciente. A cirurgia teve três horas e meia de duração e a pessoa permaneceu um
dia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Procape, tendo alta três
dias depois do procedimento.
Cerca
de 220 cirurgias cardíacas são realizadas por mês no Ceará. Dessas, 30%
poderiam ser feitos através de videocirurgia. Até hoje, Josué de Castro Neto já
aplicou o método em mais de 150 pacientes. Ele também participa com frequência
de congressos de medicina para a capacitação de outros cirurgiões nessa
técnica.
SAIBA
MAIS
Vantagens
do procedimento:
1.
Pequenas incisões, de três a quatro centímetros, enquanto a tradicional mede 25 cm
2.
Menos dor no pós-operatório
3.
Menos riscos de complicações e hemorragias
4.
Menos tempo de internação, em torno de três a seis dias, minimizando as chances
de infecções hospitalares e os custos de internação. Tradicionalmente, o
período de internação é de sete a dez dias
5.
Retorno às atividades normais em dez dias, enquanto no método tradicional, este
período é de, em média, 45 dias
Copilado
do Diário do Nordeste
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