´Combustíveis terão de subir´

São Paulo. A companhia estatal brasileira de petróleo, Petrobras terá que aumentar os preços dos combustíveis, caso o preço do Brent fique em 120 dólares, o barril, por muito tempo, disse a presidente da empresa, Maria das Graças Foster.

A edição de ontem, do jornal Folha de S. Paulo, publicou uma entrevista com Foster, na qual ela diz que o fluxo de caixa da maior empresa da América Latina permitiu que os preços da gasolina continuassem sem grandes mudanças ao longo dos últimos nove anos.

Foster disse ainda que há "uma certa margem de manobra" para deixar os preços estáveis por enquanto, mas acrescentou, porém, que não havia "muita elasticidade" para continuar fazendo isso, se os preços do petróleo mantiverem-se elevados.

Ela disse que se os preços do petróleo permanecerem em 120 dólares o barril, um aumento nos preços da gasolina local seria "inexorável".

Sem data definida

A executiva afirmou que não tinha um prazo definido sobre o momento necessário para aumentar os preços: "Eu não quero antecipar prazo, se é daqui a três, daqui um mês." A média atual dos preços da gasolina na bomba no Brasil está em R$ 2,47, o litro, em comparação com os preços de março de 2003 de R$ 2,21, por litro, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Os preços mundiais do produto, no entanto, quase triplicaram no mesmo período.

A Petrobras registrou prejuízo de R$ 9,9 bilhões, em 2011, devido ao setor de fornecimento, em grande parte por causa das exigências de importar gasolina a preços de mercado internacionais e vendê-la no Brasil com perdas. A empresa tem sido por muito tempo importadora de diesel, mas desde 2010, tornou-se importadora regular de gasolina devido a um déficit de refino no Brasil. Os preços da gasolina e do diesel foram em grande parte congelados na bomba nos últimos nove anos pelo governo


Copilado do Diário do Nordeste