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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Telefones públicos são depredados no Ceará


Os aparelhos estão perdendo espaço para o celular, mas ainda representam opção em casos de emergência
Um instrumento que já foi considerado, em épocas não muito remotas, como de fundamental importância para encurtar distâncias e facilitar a comunicação entre pessoas, principalmente, as das classes menos favorecidas, está sendo descartado. Mediante a popularização da telefonia móvel, o telefone público, o famoso orelhão, está perdendo espaço para o celular. Além disso, enfrenta a falta de manutenção técnica e de conservação.
"Eles são constantemente depredados. Os vândalos não dão trégua.
Quando não danificam, carregam o que podem. Outro fator que nos afasta de sermos usuários do telefone público é o fato de que, sempre quando algum é procurado, geralmente, apresenta-se sem sinal ou em pane", denuncia o comerciário Jordan Nogueira Pereira, que faz questão de mostrar sua preferência pelo aparelho.
"Algumas vezes, recorremos ao telefone público. Em uma situação de emergência, ele ainda nos serve de referência de comprovação de endereço. Ele também ajuda as pessoas a se conhecerem na comunidade", afirma Jordan Pereira.
Em junho do ano passado, levantamento da Secretaria Municipal de Defesa do Consumidor (Procon Fortaleza) na Capital constatou um grande número de aparelhos sem funcionar. A Oi, empresa responsável pela telefonia fixa em Fortaleza, informou que a manutenção dos aparelhos é realizada de forma contínua, mas os orelhões instalados em vias e estabelecimentos públicos sofrem diariamente danos por vandalismo.
Reparos
Os usuários podem enviar as solicitações de reparo do telefone público por meio do número 103 31. De acordo com dados da empresa, até outubro de 2011, cerca de 9% dos orelhões foram danificados por vandalismo no Estado, o que representa, aproximadamente, 4 mil dos quase 45 mil instalados nos 184 municípios cearenses. Só neste período, ainda conforme a Oi, foram recuperados 2,5 mil aparelhos.
A empresa acrescentou também que, além de quebrados, os telefones públicos são pichados ou roubados. A empresa reforça que cumpre o prazo da determinação da Anatel com relação ao atendimento de telefone quebrado, em que o usuário reclamante é atendido em até oito horas.
A empresa concessionária da telefonia fixa Oi no Ceará, responsável pelos Terminais de Uso Público (TUPs/orelhões) informou que segue determinações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) referente ao Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU)-, do Decreto Presidencial nº 7512, de 30 de junho de 2011, que orienta sobre instalação e remanejamento dos TUPs.
Ela acrescenta que eventuais remanejamentos que promove em alguns desses telefones servem para otimizar o atendimento em determinadas áreas. A empresa garante que investe em estudos de sua planta telefônica e, verificada a ociosidade de alguns orelhões, eles podem ser transferidos para áreas de maior demanda.
Comparação
O Brasil conta com mais de um milhão de telefones públicos, distribuídos por mais de 5,5 mil municípios. No Ceará, existem, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de dezembro de 2011, 44.714 orelhões, o que dá uma média de 7,61 telefones a cada100 habitantes.
Se esses números da telefonia fixa com utilização dos orelhões não podem ser considerados tão expressivos, sobre a telefonia móvel (celulares) não se pode dizer o mesmo. O País fechou o ano passado com mais de 242,2 milhões de linhas de celulares, segundo informações da Anatel. Assim, o Brasil chegou à média de 123,87 acessos móveis para cada 100 habitantes.
O Ceará também ultrapassou o índice de um acesso em serviço por habitante e se juntou a outros 16 unidades da federação que já haviam alcançado essa marca. O Estado contabiliza 9.340.320 linhas de celular, sendo 8.289.102 pré-pagas e 1.051.218 pós-pagas, o que dá uma média de 106,56 acessos móveis para cada 100 habitantes, segundo a Anatel.

ADALMIR PONTE
REPÓRTER
Copilado do Diário do Nordeste

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